terça-feira, 4 de outubro de 2016

                         A RESPOSTA DAS URNAS


 Não poderia ter sido mais contundente a resposta das urnas à questão central que motivou as eleições municipais, e que de certa forma, não deixou de ter um caráter de plebiscito sobre a aprovação ou não da sociedade à deposição de Dilma e a criminalização da máfia petista pela Lava-Jato. Mais do que um formidável cala-boca à inconformada militância petista e, em particular, ao próprio ex-presidente Lula, cujas previsões de respaldo popular ruíram fragorosamente, a rejeição ao partido mesmo em grotões tradicionais deixou claro que golpe por golpe, calou mais fundo o da roubalheira e do estelionato eleitoral nas eleições presidenciais de 2014, engendrados pelo PT.

Não  que o repúdio ao petismo e a seus métodos signifique anuência e aprovação ao novo governo, e muito menos a absolvição da classe política por mazelas que na verdade envolveram quase todos os partidos. Nem mesmo para os dois mais votados - o PMDB conservando o maior número de prefeituras e o PSDB assumindo o protagonismo nos grandes centros urbanos -, cuja votação foi inferior ao número recorde de abstenções, quase metade do eleitorado.

Uma clara demonstração de descontentamento que não pode ser ignorada, e que como lembrou o presidente Temer, num rasgo de auto-crítica, não é apenas em relação ao PT, e sim a toda classe política. Algo que ficou explícito na surpreendente e inédita eleição já no primeiro turno de João Dória à prefeitura paulistana, e cuja condição de estreante sem dúvida fez a diferença.                                          















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