quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

                           

                       BR 116


Na rodovia tantas vezes percorrida,
expectativas, ilusões, planos na bagagem
nunca consumados.
Perdidos nas retas e curvas
da vida pensada à vida vivida.

Nas idas e vindas entre Curitiba e Santos
escrevi minha história.
Do jovem cheio de sonhos ao homem desencantado
que me tornei.
Vi tudo escoar por entre os dedos.
A família que já não tenho mais.
As aptidões abandonadas.
O trabalho negligenciado.

A rodovia que a tudo me levou
percorro hoje sem saber o que me espera.
O que esperar.
Já não tenho quem me espere.
Já não tenho porque lutar.
Minha família curitibana se foi.
Minha família santista se dispersou.
Piso no acelerador com ímpetos de voltar
no tempo,
mas com radares por todos os lados,
tudo que consigo é ser multado.

Positivamente, 
a BR 116 resume a minha vida.

  






quarta-feira, 26 de dezembro de 2018


            Ícaro  desastrado


Não sei o que a vida ainda me reserva,
mas sei o que dela não quero.
Não criar falsas ilusões,
construir castelos de areia.
Não me enganar mais com as pessoas.

Quero - e preciso - ter os pés no chão.
Sonhar, só com coisas tangíveis.
Nada de voar às cegas,
feito um Ícaro desastrado.
Não quero nada além do que a vida
possa me dar.
Do que esteja ao meu alcance.
Compatível com o que eu posso e sou.
Com as limitações que a velhice adensa. 

Sobretudo, não esperar nada de ninguém.
Simplesmente, deixar acontecer.
Deixar o coração se aquietar.
Conformar-se com o que se apresenta. 
Deixar tudo em ordem, 
a moeda à mão 
para quando o barqueiro chegar...




























Coragem, irmão, não esmoreça.
De lutar não desista,
nem perca a fé e a esperança.
Dias piores virão...




sexta-feira, 21 de dezembro de 2018


A PROPÓSITO DO NATAL...


Nunca precisei pedir nada ao Papai Noel, 
e sempre ganhei tudo. 
Hoje, descrente de tudo, 
sonho com presentes que nunca ganharei. 

domingo, 16 de dezembro de 2018







maneira infalível de passar de maravilhoso 
à filho da puta num piscar de olhos :
fechar a carteira.



sábado, 15 de dezembro de 2018



       as tardias flores que ainda medram 



O que vale a pena, é o que não vale a pena.
O imperfeito, o impuro, o pecaminoso.
O errado, o que deu errado é o que nos ensina.
Faz valer a pena.
Pois não há surpresa, expectativas.

Tudo é ilusão.
Todos deixam a desejar.
Mesmo quando não deixam.
Ser (ter) tudo ou não ter ( ser) nada
é o mesmo na curva descendente da vida.
Quando o coração embota,
o corpo envelhece, e a sabedoria da velhice
nos engana.

Da grandeza humana de todo desacreditada,
cumpre, afinal, 
fazer com que a vida ainda valha a pena.
Enquanto podemos.
Enquanto queremos.
Enquanto nos querem.
Mesmo quando não vale a pena.
Mesmo quando imperfeito, diferente, 
fora dos padrões. 
Até mesmo deixar-se enganar por sociopatas 
que acreditam nas próprias mentiras.

Ora, se tudo que se tem resulta adulterado,
e acabamos por concluir que o amor e a virtude 
não andam lado a lado,
que até a vida desejada nos cansa,
só resta a alma desenganada se deleitar 
com as tardias flores que ainda medram... 











o senso da realidade (2)


Perca-se tudo na vida.
bens materiais, afetos, ilusões.
Entes queridos.
Faz parte, há que se conformar,
por mais difícil que seja.

Que nos falte tudo, menos o senso da realidade.
Façanha de obter,
façanha de preservar,
mas só o que nos permite manter 
o equilíbrio na corda bamba da existência.
A real noção das coisas.
Para usufruir de cada momento,
tendo pouco ou tendo tudo.

O que vai além de mensurar as coisas.
É se dar o devido valor,
não se rebaixar.
Não deixar que te rebaixem.
nem o desmereçam.
que invertam os fatos.
Parece simples, parece fácil,
no entanto, nada se compara a ser dono de si.
Dono da própria vontade.
Ter a percepção do certo e do errado.
Ainda que tudo conspire contra.
Mesmo subordinados à forças misteriosas 
que não transigem e nem perdoam.
Tudo passa e se transmuta,
o senso da realidade fica.






quinta-feira, 13 de dezembro de 2018




Há gente tão pequena 
que não vale a pena ajudar. 
Não só porque a ajuda nunca é suficiente,
como passa a ser vista como obrigação. 
São parasitas que te sugam, 
sem dar nada em troca.








                 a ilha


Ninguém é uma ilha, mas, eventualmente, 
optamos por ser.
Acabamos como tal.
Quando nos vemos à deriva,
náufragos na vida.

No naufrágio de nossos sonhos,
na perda de entes queridos.
Para o quê não estamos preparados.
e numa ilha de isolamento 
nos transformam.

Ninguém é uma ilha, 
mas, eventualmente, preferimos ser.
Para não depender de ninguém.
Não mendigar favores.
Estar sempre à prova.

Ninguém é uma ilha,
mas, eventualmente, é melhor ser.
Para não precisar pedir nada à ninguém.
Não esperar nada de ninguém.
Não confiar em ninguém.

Ser apenas uma ilha.
Autônoma, auto-suficiente.
Imune às sacanagens da vida.




quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018



curanderismo







O que é a vida...
Conversando com um amigo de longa data na semana passada, contou-me de sua satisfação por ver a mulher praticamente recuperada de um avançado câncer de mama, e adivinhem só como se deu a miraculosa cura ? Após três sessões com o famoso e até então glorificado médium João de Deus, que pelo visto de santo nada tem, a julgar pela avalanche de denúncias de estupro desencadeado a partir de reportagem de o Globo, seguido por depoimentos de algumas vítimas no programa do Bial, da emissora. 

Como se explica tamanha dicotomia entre a imagem quase santificada formada em torno do trabalho de 40 anos do médium ? Um homem a quem se atribui milhares de curas milagrosas, que atendia cerca de duas mil pessoas diariamente e pôs no mapa a pequena cidade de Abadiânia, no interior goiano, com visitantes de todas as partes do mundo, e repentinamente retratado como um reles e inescrupuloso estuprador. Mais ordinário ainda por se valer de sua fama e da boa fé das pessoas, para delas se aproveitar anos a fio, a julgar pelos inúmeros casos que estão vindo à tona. 

Estupros que alegava às vítimas serem parte do processo de cura, não obstante os atribuísse ao homem comum que dizia ser, quando não possuído pelo guia espiritual que o tornou o natural sucessor de Chico Xavier na hierarquia da crença espírita. O que lança ainda mais dúvidas sobre a seriedade e veracidade de práticas dessa natureza, dando força a crença de que a verdadeira explicação está muito mais na fé das pessoas do que, propriamente, no curanderismo de gente e cultos que se especializam em explorar a boa fé e o desespero dos que já esgotaram os meios convencionais de cura.

Resta esperar que as denúncias sejam devidamente investigadas e comprovadas, ainda que à dano do trabalho meritório desenvolvido pelo médium por quatro décadas, que ajudou e beneficiou tanta gente. Uma lástima, um golpe enorme não só para as pessoas comprovadamente curadas por ele, ou através dele, como para todos que ainda acreditam nas boas intenções e bondade do ser humano. 

Se nem aqueles tidos e havidos como santos prestam, o que dirá os demais...





   



domingo, 9 de dezembro de 2018


meu coração me condena


meus defeitos todos acusam.
ninguém releva, 
ninguém perdoa.
minhas virtudes não reconhecem.
não passam de obrigação ao implacável 
escrutínio alheio.
sirvo apenas para cumprir, ser útil.
aí de mim se não dou conta do recado.
não correspondo às expectativas.

meu coração me condena.
sinto tudo com intensidade desmesurada.
dou tudo, quero tudo.
meio termo não me satisfaz.
não quero nada pela metade.
gostar, amar pela metade não é comigo.
até meu grande amor perdi por isso.
por isso, estou sozinho.
e sozinho provavelmente permanecerei.

porque cobro, sim, reciprocidade.
desde as coisas mais simples,
às coisas que me são peculiares.
atenção, respeito, educação.
para as quais espero a devida contrapartida.
o que nem sempre acontece.

ah, coração marrento,
seja mais indulgente.
seja mais meu amigo.
não me traia, não me condene
a esperar dos outros mais que podem dar.
a ser sempre o errado, por querer,
por amar demais...

















sábado, 8 de dezembro de 2018

            

               A RECEITA





Dos refinados ensinamentos de Aristóteles ao manual de artimanhas elaborado por Maquiavel, a busca pelo poder sempre oscilou entre a força e a persuasão. Na falta de um, o outro entra em ação. Só que, com a crescente rejeição ao autoritarismo e despotismo em geral, fruto da interação de ideias e costumes ensejados pela Internet, e da própria globalização, mais do que nunca a luta hegemônica descambou para campos que transcendem ao da coerção física, monetária e bélica. Beira o burlesco o uso massivo e despudorado de técnicas de convencimento que não deixam pedra sobre pedra em sua escalada persecutória e recalcitrante.

Por mais que sejamos cuidadosos e criteriosos em nossas escolhas, separar o joio não é uma tarefa fácil no mundo que vivemos. Não há dúvida de que o desenvolvimento tecnológico e a própria globalização facilitaram a vida de um modo geral, os efeitos colaterais é que são duros de engolir. Em tempos em que ninguém fica imune ao liberalismo desenfreado e generalizado catapultado pela Internet, os apelos midiáticos, bem como o excesso de informação, acabam estabelecendo uma espécie de ditadura consumista e hedonista que beira o fanatismo.

Nem mesmo o inalienável direito do livre arbítrio serve de anteparo para o massacre marqueteiro que nos é imposto diuturnamente, 365 dias por ano, com efeitos devastadores não só para o nosso bolso como para a sanidade mental das pessoas. Dentro do velho e sábio princípio de que tudo que é exagerado é prejudicial, a influência dos meios de comunicação, sobretudo as chamadas redes sociais, vão cunhando padrões de comportamento tão vulgares quanto nocivos, a medida em que estabelecem padrões de conduta baseados em valores desprovidos das mais elementares noções de moralidade e ética. 

O que está diretamente vinculado a mentalidade fútil que campeia hoje em dia, com as novas gerações muito mais interessadas no próprio umbigo do que em agregar conhecimento que lhes permita pensar e crescer por conta própria. Sem a tutela de uma ditadura midiática que é o grande flagelo de nossos tempos, com seu mercantilismo exacerbado e o famigerado fake news martelando a cabeça das pessoas. 

Nesse sentido, mais do que nunca, cabe aos pais encontrarem meios de adequar as coisas e fazer a moçada entender que a velha e boa receita do meio termo ainda é a melhor que há. 


                lobos ou cordeiros ?


 


marcham os soldados, 
marcham redondinho, sincronizados, 
feito robôs, réplicas de si mesmo.
serão de verdade esses
soldadinhos chineses, russos, norte-coreanos ?
tudo com a mesma cara ? 

hoje como ontem, exércitos milenares submetidos
a comandantes inescrupulosos e sanguinários,
com seus artefatos de fazer guerra,
em quintais alheios.
cidades, povos dizimados,
no réquiem lúgubre de imolações.
máquinas de matar à serviço 
de tiranos e degenerados.
o que o poder não faz com as pessoas... 
em animais os transforma.
em bestas-humanas cujo prazer é ver o sofrimento
alheio.

a marcha dos soldadinhos encanta.
a multidão aplaude.
o mundo se admira, ante tal demonstração
de poder e obediência.
poder e obediência.
devemos obediência a bestas-humanas ?
a imbecis investidos de autoridade,
que eventualmente assumem o poder ?
a força, por força de dinastias ou ungidos pela própria
população ?

os soldados marcham, seguem ordens.
são obrigados a seguir ordens.
mesmo esdrúxulas, mesmo suicidas.
pelo bem comum, em defesa da pátria.
todos súditos, todos inocentes-uteis. 
milhões morrem para que outros vivam.
morre-se em guerras, morre-se de fome.
há gente demais no mundo.
dementes demais.
ser normal é uma aberração.
os cordeiros de Deus pagam pelos pecados 
do mundo.
um Deus que está pouco se lixando para eles.

Deus não existe, do jeito que se concebe.
Deus está em cada um de nós.
deuses interiores que moldamos
por nossa própria força mental.
acredite piamente numa pedra, 
reze, concentre-se nela, 
e a resposta será a mesma
que encontrará num templo qualquer
erigido por rufiões e oportunistas.

somos o que pensamos 
somos o que queremos ser
senhores de si ou súditos.
Lobos ou cordeiros.





























  

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018





na parede da memória, 
a tua lembrança 
é o quadro que me dói mais... (belchior)
                 

                              viver é preciso





A vida é o tudo que em nada desagua,
posto que num piscar de olho tudo acaba.

O mesmo sol brilha para todos,
mas brilha mais para alguns.

Deus está em tudo, e não está em lugar algum.

Existir, fazer valer a pena.
Que lhe baste o que lhe basta.

Cumpre contra o destino, o teu dever.
Desertar não é uma opção.

Sonhos. Há que tê-los. 
Ainda que poucos consigam realizá-los.

Instintos. Há que ouvi-los.
Visto que a paixão cega, 
o coração se engana,
e a razão cala.

Mágoa ? Remorso ? Arrependimento ?
Releve. Não há como saber.
Pior é não tentar.
Não arriscar.










                                         a espera




Viver a espera do que nunca virá.
Daquilo que se tinha e se perdeu.
Do que era para ter sido e não foi.
E que nunca será.
Posto que abortado antes de acontecer.

Viver a espera do que nunca virá.
O amor que se tinha.
O amor que se foi estupidamente,
Cuja lembrança a espera adorna
Do passado que não conhece o seu lugar.

Viver a espera do que nunca virá.
Compreensão, consolo, perdão...
O ressentimento alimentado pela impiedosa memória.
A redenção condicionada ao que está fora de nosso alcance, 
Como a esperar que Lázaro saia da cova...



quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

             

            a turma da malandragem

Há a turma do futebol
a turma do futivolei
a turma da prancha
a turma do patins
a turma da corrida
a turma da bike
a turma do dominó
a turma do funcional
a turma da raquete
a turma dos farofeiros
a turma dos maconheiros (imensa)
a turma do levantamento de copo (idem)
a turma dos andarilhos
a turma do caniço 
a turma dos marombeiros 
a turma dos babás de cachorro 
há turmas de tudo que tipo
há turmas para todos os gostos
santista adora se enturmar
tem até a turma dos solitários
por sinal, minha turma preferida;

à espera de vaga na turma da malandragem...







a turma do caniço





                                       a travessia

                    


Na tragicomédia em que se transformou minha vida, o último capítulo está me deixando encafifado, com a pulga atrás da orelha. Não sou de me impressionar facilmente, cético como a vida me levou a ser, mas o que vem se passando comigo na madrugada dos últimos três dias, é no mínimo perturbador. 

Imagine que mais ou menos no mesmo horário, entre 3 e 3,30 horas, venho tendo um sonho recorrente com meu falecido pai. O enredo não recordo bem, mas chega um momento em que a figura de meu pai aparece, em meio a uma névoa, vestido com uma espécie de túnica, e sua presença faz meu coração disparar. 
Sinto uma espécie de sufocamento e choro convulsivamente, ao que ele, sem dizer uma palavra, apenas com o olhar sereno e gestos tranquilos, me passa uma sensação de paz que imediatamente me acalma e alivia. 

Acordo em seguida, ainda com o rosto molhado de lágrimas, e entre emocionado e atônito, fico a me perguntar o significado disso. Três noites seguidas o mesmo sonho, alguma coisa certamente quer dizer.

Como minha extra-sistóles anda novamente dando seus pinotes, mormente à noite, quando as preocupações e amarguras afloram a todo vapor, talvez seja um modo de meu cérebro me acalmar, trazendo de volta a figura de meu amado pai. Ou quem sabe seja o espírito dele mesmo, vindo me preparar para a travessia que se avizinha.

Ainda é cedo, meu velho, mas se tiver que ser, que alegria não seria tê-lo a minha espera para uma nova vida.  




terça-feira, 4 de dezembro de 2018





por motivos óbvios,
nunca foi tão fácil conhecer pessoas,
como hoje em dia.
pelos mesmos motivos,
nunca foi tão difícil conhecer as pessoas, 
como hoje em dia.




  


















feiticeira e trapaceira






                 
moça bonita, 
sorriso contagiante,
olhar de Capitu, 
dissimulado e oblíquo.
feiticeira e trapaceira.
foi muito bom te conhecer.
aprendi muito com você.
sobretudo, que em ninguém se pode confiar.
ainda mais moça bonita, 
de sorriso contagiante.
olhar de Capitu, 
dissimulado e oblíquo.
feiticeira e trapaceira...

como, aliás, eu  já deveria saber,
depois dos tombos que levei.
mas, como sempre, paguei para ver,
e me danei, para variar.
menos mal que já prevenido.
escolado, dessa vez sem acusar o golpe,
ciente de que era bom demais para ser verdade.
sabedor de que era certo outro engano.
ainda mais sendo moça bonita, 
de sorriso contagiante
olhar de Capitu, dissimulado e oblíquo
feiticeira e trapaceira...








segunda-feira, 3 de dezembro de 2018



  




  




















  




                            fim de festa





Com inexata precisão traço meu rumo,
redijo meus versos, abro meu caminho. 
Com irresoluta determinação, cumpro com 
minhas obrigações.
Encaro os moinhos de vento.
Travo minhas batalhas inglórias.
E reconsidero, reitero, rumino e regurgito as coisas 
impossíveis que procuro em vão.
No encalço de tudo que corrompe,
nada faz sentido.
Tudo se perde, se subverte.
Curar-me de ser quem sou 
é só o que me resta.
 




domingo, 2 de dezembro de 2018



               meu filho, minha vida


Não há prazer maior do que ver um filho feliz.
Mormente nessa idade em que a única preocupação é - ou deveria ser - brincar, brincar e brincar. 
Tive a felicidade de poder acompanhar e participar dessa fase maravilhosa de meus três filhos. Os dois mais velhos de meu primeiro casamento, hoje homens já feitos, e o menor, prestes a completar 12 anos, uma joia que é a razão de ser da minha vida.
Nada me dá mais prazer e alegria do que estar em sua companhia, acompanhar e participar de seu crescimento, mesmo já não convivendo com ele desde o início do ano.
O que, curiosamente, acabou estreitando nossos laços e nos unindo  mais que antes.Talvez porque agora temos um tempo que é só nosso, um tempo não só para interagir como para nos conhecermos melhor. E o melhor de tudo : com total reciprocidade por parte dele.
Algo que pude sentir vivamente ontem, quando da festa de encerramento do ano letivo de sua escola, em que me recebeu com um abraço e aquele sorriso gostoso, em meio a multidão que lá se encontrava. 
Foi lindo e emocionante vê-lo cantar no coral da escola, me fazendo relembrar o que aconteceu comigo com a mesma idade, e falando em dar continuidade, quem sabe até aprender a tocar algum instrumento. 
Se levar à sério como está levando o futebol, tem futuro...














Postagem em destaque

                               segunda-feira A vida se mascara e se revela tão perto e tão longe de tudo.   Andamos à esmo como animais perd...