quarta-feira, 26 de dezembro de 2018
Ícaro desastrado
Não sei o que a vida ainda me reserva,
mas sei o que dela não quero.
Não criar falsas ilusões,
construir castelos de areia.
Não me enganar mais com as pessoas.
Quero - e preciso - ter os pés no chão.
Sonhar, só com coisas tangíveis.
Nada de voar às cegas,
feito um Ícaro desastrado.
Não quero nada além do que a vida
possa me dar.
Do que esteja ao meu alcance.
Compatível com o que eu posso e sou.
Com as limitações que a velhice adensa.
Sobretudo, não esperar nada de ninguém.
Simplesmente, deixar acontecer.
Deixar o coração se aquietar.
Conformar-se com o que se apresenta.
Deixar tudo em ordem,
a moeda à mão
para quando o barqueiro chegar...
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