quarta-feira, 30 de setembro de 2020



                           tormento sem fim





O tormento nunca têm fim. 

Em contendas por perdidas causas,

em meio a conflitos e armistícios, 

feitos de preces e sacrifícios,

algo sempre acontece. 

Os deuses tem seus favoritos. 

Uns poucos privilegiados, 

em detrimento da grande maioria 

que os cínicos chamam de inocentes uteis.


A forma do tempo é a espiral.

Tudo o que acontece pela primeira vez, retorna.

Vivemos pregustando a morte. 

Acaso ou destino, a firme desdita é irrevogável.

Mas é no enfrentamento que a fábula se consuma.

Quando o infortúnio desalenta e abate, 

nunca o homem é tão homem.

A vida não é um sonho, mas bem-aventurados

os que sonham.







segunda-feira, 28 de setembro de 2020



            como as coisas 

         deveriam ter sido





Os sonhos que sonhei 

presidem a vida que não vivi. 


                          Só perduram no tempo 

               as coisas fora do tempo.


Onde, uma nova consciência, comprar ? 

Que me permita suportar

o peso de tantos equívocos ?


             Penso nas coisas como deveriam ter sido.

             Adão, a tentação resistido.

             Caim, a Abel abraçado.

             Noé, na arca, o homem não ter levado...



              


                                                      invulnerável





Nada mais pode ferir-me.

Nem  o desencanto com os homens,

nem o desamor das mulheres.

Os embustes humanos me fizeram invulnerável. 

Já não temo os ardis, tantos foram os logros.

Tudo o que eu vier a passar, 

não será mais do que já não tenha passado.

Se persisto é porque o instinto e a coragem 

sem enlaçam no incessante vai e vem da vida.

E ao pensar naquilo que nunca saberei, 

dou graças ao Eterno.

Não saber é o que me faz invulnerável.



domingo, 27 de setembro de 2020



                       PARA O QUE DER E VIER





Tenho a maior admiração pelo Fábio Assumpção. Bonitão, um puta ator, uma história de vida de tirar o chapéu.  Viveu o apogeu, curtiu tudo de bom que a fama trás, até cair em desgraça, mergulhou no mundo das drogas, ficou exposto a impiedosa execração pública , os vídeos das bebedeiras e vexames bombaram na internet, enfim, chegou ao fundo do poço, de onde poucos saem. Mas para surpresa geral, o cara saiu, se reabilitou, como fez questão de tornar público, muito justo, dar a volta por cima sempre é bacana de ser mostrado.

O detalhe é que a sua reabilitação ficou longe, muito longe, de repercutir, de viralizar como as cenas em que aparecia literalmente na sarjeta, alvo do deboche e da chacota de galera.

O que confirma o que se sabe desde sempre, que o que mais atrai, seduz o maldito ser humano é a desgraça alheia. Ver os outros fodidos, rastejando, sendo humilhados, se humilhando, para assim poder se consolar, mitigar as próprias mazelas. Pude ver isso agora mesmo, nessa insignificante blog, cujo recorde de visualizações se deu ontem, não por descoberta de méritos, qualidades de meus escritos chinfrins, mas em função de uma antiga e mal-resolvida pendenga amorosa ter se transferido para cá, com direito a desabafos e tudo o mais. 

Um circo, do qual me envergonho profundamente, cujo teor tomei a liberdade de excluir, e pelo qual peço reiteradas desculpas a outra parte envolvida.

De volta à normalidade, saúdo a meia dúzia de fiéis leitores que

estão comigo para o que der é vier.


 

  


  


 

 


                  

            fantasmas camaradas





Então o que você escreveu ontem, anteontem, ano passado, 

não vale mais ? Só porque a realidade hoje é outra ? 

Opa ! Claro que vale. Eu vivi, senti tudo aquilo. 

Já pensou se Shakespeare rasgasse os versos em que revela 

sua homossexualidade ? 

Se o Divino Marques queimasse a mais explícita obra 

sobre os mais baixos instintos humanos ? 

Se Joyce tivesse jogado no lixo o seu portentoso Ulisses, 

só porque é inacessível, chato, ilegível ?


Ora, tudo são momentos, ontem é ontem, hoje é hoje.

Ontem eu tinha a mulher dos meus sonhos,

hoje tenho que me contentar com migalhas.

Ontem eu corria 15 quilômetros com um pé nas costas,

hoje caminho alguns quarteirões e já fico 

caindo pelas tabelas.

Ontem eu podia tudo

hoje eu dou graças a Deus quando levanto sem dor.

Ontem eu tinha uma família que eu adorava,

hoje tenho que me resignar em conviver 

com meus fantasmas.

Que felizmente, são camaradas.





                                       INSTINTO





 

'Pai, você não vê que só se prejudica com as coisas

que escreve ?", me questiona meu filho Breno,

em alusão aos conflitos com a mãe, que perduram

mesmo após a separação.

"Eu sei, mas o que posso fazer, sou escorpião..."

"Desculpe, pai, não leva a mal, mas é burrice."

"Pode ser, mas... Conhece a fábula do sapo e do escorpião ?, 

perguntei.

"Pois vou te dar uma ideia do que é ser escorpião.

Certa vez houve uma enchente que deixou o escorpião 

ilhado e prestes a afogar-se, quando viu passar um sapo.

Sapinho, sapinho, por favor me ajuda, não sei nadar,

me leva até o outro lado."

"Eu não, pra você me picar ?"

"Nada disso, juro, o que eu ganharia com isso, 

nós dois morreríamos afogados".

"Tá bom, mas vê lá, hein..."

No meio do rio - uiii! gemeu o sapo.

"Filho da puta, você me picou. Agora vamos morrer

os dois, não vê a burrice que fez ?"

"Eu sei, sapinho, me perdoa, mas é o instinto..."




sábado, 26 de setembro de 2020



                            fim de festa





Acabou a festa, pessoal. 

Ou melhor dizendo, o circo.

O palhaço desmonta o picadeiro,

abre mão de ser a maior atração 

deste teatro mambembe, 

cansado de repetir

sempre o mesmo número,

que,

afinal,

nem graça têm. 

Também pudera, histórias de amor, 

quando não banais, 

são trágicas.


 










                                         puteiro Brasil






O que não nos falta são canastrões, charlatães, 

vestais disfarçadas de santos, 

antros investidos de catedrais, 

plenários convertidos em balcão de negócios espúrios.

A nação espoliada, permeada de iconoclastas virtuais, 

de profetas do absurdo semeando discórdia, 

governantes, políticos, magistrados comendo no mesmo prato,

sob a égide da impunidade.

Nada muda, a vida não muda, e quando 

muda é para pior, e o preço é sempre muito alto,

conquanto os otários continuam sendo otários.

O puteiro Brasil funciona 24 horas por dia.




  




Meus três filhos são pródigos.

Tão íntegros.

Tão melhores que eu. 

Graças a Deus !


 

sexta-feira, 25 de setembro de 2020



                os justos


jORGE lUIS bORGES 

(OU UM POUCO DE POESIA DE VERDADE)


Um homem que cultiva seu jardim, como queria Voltaire.

O que agradece que na terra exista música. 

O que descobre com prazer uma etimologia. 

Dois empregados que em um café do Sur jogam um silencioso xadrez.

O ceramista que premedita uma cor e uma forma.

O tipógrafo que compõe  bem esta página, que talvez não lhe agrade. 

Uma mulher e um homem que leem os tercetos finais de certo canto.

O que afaga um animal adormecido.

O que justifica ou quer justificar um mal que lhe fizeram.

O que agradece que na terra tenha existido Stevenson (ou Borges,diria eu).

O que prefere que os outros estejam certos. 

Essas pessoas, que se desconhecem, 

estão salvando o mundo. 





A vida é sempre uma agonia,

como escreveu Lorca,

que pagou com a vida

a ousadia de ser ele mesmo,

quando seria tão fácil aderir ao fascismo, 

ao status quo reinante.

Sério, pense nisso sempre que

achar a vida uma merda.

O que seria a vida,

sem a grandeza de uns poucos ?






                 Foi bom pra você ?



 



"Ponha uma coisa na tua cabeça, nós nunca 

tivemos nada. 

Não fica imaginando coisas". 

Custei a acreditar, mas estava ali, na porra

do wats ap, 

depois de um ano e meio

comendo essa filha da puta,

de um dia para o outro me vem 

com essa conversa.

Fiquei, como direi, estupefato, passado,

diante de tanta encenação,

mas acabei me conformando ao

apelar para meu livro de cabeceira,

e me sentir como velho Bukowski : 

"Às vezes, quando tudo parece

estar no fundo do poço,

quando tudo conspira e atormenta,

e as horas, os dias, 

os anos

parecem desperdiçados,

estirado ali na minha cama

no escuro

olhando para o nada,

chego a conclusão de que

é bom ser eu mesmo."






 



                   




quarta-feira, 23 de setembro de 2020

senhor





A velhice foi chegando aos poucos.

Custei a aceitar mas os sinais 

foram se acentuando

Passei a ser chamado de senhor.

Fui ficando cada vez mais só,

por livre e espontânea vontade.

A minha e a dos outros. 




 



                              A hora da verdade



A hora da verdade sempre chega. 

Os sinais advertem. O amor engana.

Com o tempo, ou vira amizade e tudo sobrepuja

ou vira a coisa mais suja.



               Escrever é mostrar os seus piores momentos

               como se fossem um banheiro público.

 

Fico pensando no mundo sem internet, videogames, drogas.

O que essa moçada iria fazer da vida ?


                Eu só queria poder voltar no tempo, mais 

                precisamente ao dia 29/12/1999, por volta de 14 horas,

                e ao invés de ir ao shopping almoçar, tivesse

                me contentado com um omelete em casa.


ÀS vezes, não saber é melhor. Fingir que 

não sabe, melhor ainda.


            Quando se faz concessões demais, e acha que

                            vão reconhecer, fique certo que nenhuma boa

                            ação fica impune.






segunda-feira, 21 de setembro de 2020



                             caleidoscópio





Abrir precedentes é sempre perigoso.

Vai que se torne norma.


                     Há coisas que não têm volta.

                     Ainda bem.


A dona de casa que se queixa da vida

doméstica, não sabe como a vida lá fora é suja.


                       Até o que vai de mal a pior

                       um dia acaba. O duro é a espera.


O casamento só é satisfatório enquanto há sexo.

O que torna o adultério não só uma necessidade,

como profilático.


Não é à toa que o casamento só tem chance 

de dar certo quando o amor se transforma em amizade. 

O amor só atrapalha, é possessivo, impulsivo, 

sufocante, 

e como tudo que demanda muita energia, 

um dia acaba.

Que é quando se transforma em amizade, 

companheirismo, 

ou vai para as cucuias.

             

              Por estas e outras, vai chegar o dia 

              em que o corno será invejado.


Nunca pensei que sentiria tanto a falta

daquela vadia.  Não dá para

chupar o próprio pau, né?


                            Não me entendam mal. 

                            Não me entender já é o suficiente.


Não me queiram mal. 

Ser ignorado já é o bastante.


            Não me entendam mal

            Quando falo de solidão

            Das desilusões amorosas 

            Da ingratidão das pessoas

            Não significa que me afete.

            Já foi o tempo.

            E o tempo, como se sabe

            Se não mata, aleija. 

            Ou cura.


Eu sempre soube, estou até conformado

Que meu coração não é confiável

Parece mais um caleidoscópio

Sempre vê tudo deformado.





       







                  


                            luz e escuridão





Cantar o lado obscuro da vida 

não tem graça. 

No entanto, a miséria, a maldade, 

a escória humana, são majoritários, como ignorar ?

Quem se salva ?


Há pessoas boas, é claro,

mas só até certo ponto.

Todos têm seus limites. Limitações.

Não há quem não fraqueje.

Os piores são justamente os que fingem integridade, 

posam de correta, de palmatória do mundo. 

São eles que puxam teu tapete, 

te apunhalam pelas costas.


Tinha comigo que nada poderia ser mais nobre

que o amor de mãe.

Até ser mais uma vítima da alienação parental.

O que pode haver de mais sórdido

do que uma mãe 

que não mede esforços para

jogar o filho contra o pai ?


Não, cantar o lado obscuro da vida

não tem a menor graça. 

Mas é preciso ter consciência dela.

"Ninguém se ilumina imaginando

figuras de luz, 

mas se conscientizando da escuridão."

(Carl Jung)








domingo, 20 de setembro de 2020


 

 








 




  




 

 





                          

              hipocrisia para dar a vender





Filho da puta, puto, corno, 

vai a puta que o pariu, tudo isso pode,

tá liberado.

Já chamar a mina de gostosa, 

o boiola de veado, o negão 

de negão, dá o maior bode.

Com direito a exposição nas redes sociais

e tudo mais.

Em suma, hipocrisia para dar a vender.









 


                                






No começo está o fim, no fim está o começo,

já dizia o poeta Eliot.

O prazeroso e o tormento trocando de lado.

Amor e ódio se contrapondo.

Do idílio à alienação parental,

a via crucis do amor.



sábado, 19 de setembro de 2020




Aqui dentro

só tem o

que não cabe.


Levar a vida que falta,

sem saber qual é.


Bençãos e desgraças. 

É assim que a vida começa e termina.


É fácil estragar as coisas.

Difícil é substitui-las por coisa melhor.






 







O homem público não tem coração.

Teme parecer fraco, humano.

Prefere a fama de ladrão.


O ideal seria constar na Constituição :

tudo que é feito de coração, 

está perdoado de antemão.


O problema de ser honesto, íntegro,

é ser desacreditado pela grande maioria

que não é. Como o Moro, por exemplo,

a grande reserva moral do país defenestrado

por aqueles que se veem contrariados, ameaçados,

diminuídos. 


Pior que a pobreza material é a pobreza moral. 

A primeira é remediável, a outra irredimível. 




 



  



sexta-feira, 18 de setembro de 2020


                                   




Tudo 

foi 

sempre tão intenso

na vida que tive 

que a calma 

a paz que hoje tenho 

me faz sentir 

como 

se tivesse perdido

o que eu tinha de melhor.




 

quinta-feira, 17 de setembro de 2020




                      homo cellulare





Assim chafurda a humanidade. 

Sem mais nada que surpreenda, escandalize.

O novo normal é o hediondo, o execrável, o escracho.

Ninguém mais teme o enxovalho, a ignomínia.

Quanto mais explícito, melhor.

Por debaixo dos panos perdeu a graça.

A crise de valores e de identidade da modernidade

líquida e confessional assim o exige.

O furor de mostrar-se, exibir-se, a tudo

transcende.


Para o homo cellulare, privacidade é o de menos.

Vale tudo por visibilidade no mundo digital.

As pacatas praças da aldeia substituídas pela

plateia planetária,

que não distingue o cientista famoso

do estuprador,

dá mais importância ao vencedor do BBB do que 

ao ganhador do prêmio Nobel da Paz.

O que vale é ser visto e reconhecido no shopping.

Ter milhões de seguidores, curtidores. 

As pessoas fazem qualquer coisa para serem vistas ou faladas. 

Até mesmo o que até outro dia era vergonhoso,

como a fama de ladrão, corno, ou puta.

Com os parâmetros e critérios tão desvirtuados,

resta saber se é o começo ou 

o fim de uma era.










  



terça-feira, 15 de setembro de 2020





                                                 raça maldita



 


O que pode ser mais triste

do que a floresta exuberante, 

calcinada ?

Os animais silvestres carbonizados.

A natureza agonizando.

O quê pode ser mais desolador

do que o majestoso tigre, enjaulado ?

Elefantes, leões, milhares de criaturas

milenárias caçadas impiedosamente,

abatidas à tiro,

retiradas dos oceanos,

pela ignóbil

mão humana.

Que a tudo conspurca, profana.

"In nomine Patris

et Filii

et Spiritus Sancti", 

eu te esconjuro, raça maldita !






                                            o "falecido"





Matei o infeliz, abestado, desajustado, bipolar,

otário, louco, covarde, psicopata, pervertido,

imaturo,

e de tudo mais que fui chamado

de uns tempos a esta parte.


Matei o desgraçado. 

Este não incomoda mais ninguém.

Chegou a um ponto

em que não dava mais.

Era ele ou eu.

Ou matava aquele meu outro eu,

ou ele me matava.

O lado irônico da história

é que o "falecido" deixará saudades...







  




                          ser ou não ser





Não aceite menos do que merece.

Basta essa única regra 

para ter uma vida condizente 

com o que plantou.

Como o quê investiu 

para se tornar o que é.





 

 

                 sanatório mundial





No sanatório mundial das redes sociais

o desprezível ser humano 

encontrou o lugar perfeito

para expor suas mazelas.

Misto de confessionário, prostíbulo, 

tribunal do Santo Ofício, 

é onde a humanidade mostra sua hedionda cara.

Ora Pro Nobis...








                                                      quem, nunca ?



 


Por mais insensato, 

estapafúrdio,

exagerado,

que pareça, 

não vou 

nunca 

renegar o que escrevi.

 

Posso até me arrepender pelos arroubos 

do inquieto coração,

mas o coração é assim mesmo,

à razão não escuta, 

o bom senso desconhece. 

Quem nunca, 

por amor, 

perdeu o rumo

que atire a primeira perda.







domingo, 13 de setembro de 2020

 

                                                           trovinhas






Se a vida toda se entretece

Nos fios do bem e do mal,

Saúde, amor  dinheiro

É o manto que a todos apetece.


A vida não deixa barato.

Cedo ou tarde cobra o preço.

Paga quem pode,

Quem não pode, se fode.


A velhice chega de mansinho,

não tem colher de chá pra ninguém.

Quando menos se espera,

já estamos com um pé no além.


Você pensa que é muito esperta.

Capaz de enganar todo mundo.

Devia sabe que nenhuma esperteza 

consegue esconder sua verdadeira natureza.


As idades desta vida

tem peso desigual

O jovem pode tudo mas não quer,

o velho quer mas não pode.


O amor é uma cangalha

que se bota por gosto.

Quanto mais a gente ama,

mais se candidata ao desgosto.




 






Meu amigo do cafezinho tem umas sacadas brilhantes.

"Sabe por que gente como nós não ganha na loteria ?

Porque  logo pensamos em ajudar todo mundo, e 

nesse todo mundo a maioria não merece".






 

Nelson Gonçalves, Joanna - Como é Grande o Meu Amor por Você (Pseudo Video)




Hoje eu tô que tô ...




                                                                babaca




 



Tem razão os que me difamam.

Minha natureza é infame.

Mal passam dois dias e toda a raiva se dissipa.

Sou do tipo incapaz de guardar mágoa. 

Sempre propenso a relevar, mesmo as maiores sacanagens.

Tem razão os que me acham um perfeito babaca.

E que ainda por cima só escreve bobagens.



Nelson Gonçalves - Nada Por Mim




a uma certa pessoa...


sábado, 12 de setembro de 2020



                      matadouro Brasil





Dividida entre esquerda e direita,

a manada pasta no mesmo pasto.

Brigam pelo mesmo espaço, se atacam,

fazem estardalhaço,

para depois serem esfoladas 

pela ladina classe política.

No matadouro Brasil, 

gado é o que não falta.   




Postagem em destaque

                               de segunda à segunda A vida se mascara e se revela tão perto e tão longe de tudo.   Andamos à esmo como anima...