sábado, 18 de abril de 2020




                                                            vai vendo






Se a sensibilidade olfativa fosse transferida
para a auditiva, 
certos gêneros musicais teriam um cheiro
insuportável.


A mulher é o único animal que faz sexo sem ter vontade.  


O sexo só traz desvantagens para o homem. 
É trabalhoso, sai caro, atraí um monte de problemas, entre os quais o risco de doenças e gravidez indesejada. Sem falar que dura muito pouco. E ainda há quem se gabe de ser pegador.


O ideal é ter sem o ter te foder. 
(Adap. Millôr Fernandes)


Todos traem. Todos são traídos. Quem não trai é por falta de oportunidade, imaginação ou atrativos.


Todos mentem. Quem não mente, omite. O que vêm a dar na mesma.
















sexta-feira, 17 de abril de 2020




                             
                                                 


                                                            escolhas







Quis muito conhecer quem
que me fizesse esquecer o amor
que não conseguia esquecer.
Tudo o que consegui
foi conhecer quem
que me fez valorizar ainda mais
o amor que não consigo esquecer.
O que não era comprado,
era dado.
Escolhas, sempre as escolhas...
Foda-se, eu.




quinta-feira, 16 de abril de 2020










Quando o eixo gravitacional de uma relação é a mentira, a trapaça, 
se uma das partes deixa de fazê-lo, 
a relação acaba.









quarta-feira, 15 de abril de 2020





         Quarentena








Às vezes, minimizar as perdas já é um puta feito.

Naturalmente, não há futuro sem o presente. Nem passado
que não tenha passado. O que isso significa? Sei lá...

Antes o futuro parecia ser risonho, instigante, 
cheio de possibilidades. Agora, nebuloso, incerto, 
até a sobrevivência está ameaçada. 
Não se fazem mais futuros como antigamente.

O presente passa com tanta rapidez que quando o futuro chega, já é passado. 

Quando uma besta quadrada responde à outra besta quadrada, melhor não se meter.

Quando se chega naquela fase em que nada do que 
aconteceu ou o quê fez faz diferença,
melhor uma saída honrosa do que um pé na bunda.











domingo, 12 de abril de 2020



                                 
                    BABOSEIRAS




Eu não vi a volta dos que não foram.
Não fui o último a apagar à luz, nem
atirei a primeira pedra.
Não faço ideia de onde Judas perdeu as botas,
nem fui o último a rir, e tampouco o
primeiro.
Não sei qual a cor do cavalo
branco do Napoleão,
nem se o buraco é mais embaixo,
se todos os gatos à noite são pardos,
não quero saber se cão que late 
não morde, vai que morda;
muito menos se a esperança 
é a última que morre, já que
perdi a minha há tempos.
O que me importa se todos os caminhos
levam à Roma, se nunca estive lá;
se a grama do vizinho é mais verde, 
por mais que me mandem pastar.
Sem essa de que devagar se vai ao longe.
Eu quero mais é que o pau que bate
em Chico, bata em Francisco, 
ainda mais sendo um papa
que dá maus exemplos e abençoa bandidos.
Mesmo porque duvido que a justiça
tarda mas não falha,
e muito menos que
Deus escreve certo por linhas tortas.
Bem mais crível é que ladrão que rouba
ladrão tenha cem anos de perdão,
ainda mais no Brasil, sob os auspícios
da banda podre do Supremo,
onde o hábito obviamente faz o monge,
e não adianta a gente chorar
pelo leite derramado.
Enfim, há quem acredite que é dando
que se recebe,
foda-se quem pensa que os últimos
serão os primeiros, 
e que devagar se vai ao longe.
Muito menos
que a mentira tenha perna curta, 
nesses tempos de fake news.
Afinal, se onde há fumaça há fogo,
o seguro realmente morreu de velho,
tanto faz se para um bom entendedor
meia palavra baste,
menos mal que os olhos não
vejam o que coração não sente.

Mano, 
pode até ser que água mole em pedra
dura bate até que fura,
que as aparências enganem,
que o apressado come cru,
mas e daí, 
se cada macaco em seu galho ?
Se a voz do povo é a voz de Deus.
Meu, há que concordar :
quem mistura-se aos porcos,
farelo come. 
Que quem pode, pode; quem não pode, 
se sacode.
E se escreveu e não leu, 
o pau comeu, 
e pimenta nos olhos dos outro é refresco. 
Enfim, se é vero que quando um burro fala 
convém que os outros baixem as orelhas,
grato pela atenção, grande abraço, 
até a próxima, 
que baboseiras aqui 
não faltam.









































                     
                    o conúbio amoroso



                            em cinco atos


1. A pessoa se apaixona, ama cegamente.

2. Continua amando, mas começa a ver algumas coisas que não via antes.

3. Começa a ter dúvidas, a questionar.

4. Vê que deixou de amar, e afasta-se, repudia.

5. O amor vira indiferença, aversão e até em ódio.





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