terça-feira, 12 de janeiro de 2021
domingo, 10 de janeiro de 2021
CADÊ A BULA ?
O que é pior : deixar de ser importante
ou deixar de se importar ?
Deixar de amar ou de ser amado ?
Deixar ficar ou deixar de ficar ?
O que é melhor : ser bom ou ser justo ?
Ser sincero ou realista ?
Ser coerente ou politicamente correto ?
O que é mais fácil : fazer o correto ou o mais
cômodo ?
Mentir por uma boa causa ou botar o dedo na ferida ?
Criticar ou compreender ?
O que contribui mais para nossa felicidade : o bolso ou
a imaginação ?
A dimensão objetiva da posse material ou
a dádiva intangível da fantasia ?
A noção de que tudo seu seu preço
ou a fé cega de poder domar o curso das coisas ?
O quem é mais tolo : esperar por gratidão ou
acreditar em afeição desinteressada ?
Confiar cegamente ou ignorar o óbvio ululante ?
Perdoar incondicionalmente ou fazer vistas grossas ?
O que é mais certo : investir tudo em nossas discutíveis
aptidões ou deixar o barco correr ?
Ser feliz por fazer
ou em paz por deixar de fazer ?
Saber de tudo e sofrer
ou ignorar e viver ?
Saber ou não saber, ser ou não ser,
não sei,
ninguém sabe.
Deus, quando fez o mundo,
esquecer de fazer a bula.
(Nov 2017)
sábado, 9 de janeiro de 2021
silogismos
O que importa não é o que importa.
O que pensamos que importa nos induz a erros.
Nessa louca aventura sem sentido que é
a vida,
quase sempre somos os reais causadores
das atribulações que nos fustigam.
Eis, pois, a pergunta que deveríamos fazer sempre :
qual nossa responsabilidade sobre os problemas
e preocupações que nos afligem?
Assumi-los é uma parte da cura.
A outras, é livrar-se do jugo de culpas e aflições
pertinentes a questões
que fogem a nosso alcance resolver.
Causa do desassossego permanente, da ansiedade,
do fantasma da depressão
que andou rondando minha vida por um bom tempo.
Por assumir culpas e viver me preocupando
com pessoas que não estão nem aí para mim.
Por tudo que me foi caro e inolvidável, seguirei grato.
Mas nada além disso.
Os velhos silogismos carcomidos de tolices,
não me afetam mais.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2021
schadenfreude
As dores nos acompanham vida afora.
Dores do corpo,
da mente,
da alma.
Cada qual a seu tempo, às vezes associadas.
Posto que tudo está encadeado.
O que a mente concebe, repercute no corpo.
Entre flores e espinhos, as poderosas palavras regem a vida.
Abrem e fecham caminhos.
Cuida com o que dizes.
Acautela-te com o shadenfreude.
Atente para o velho e sábio mantra : não deseje para os
outros o que não quer para si mesmo.
Pode ser demorado, sofrido, mas um dia
descobre-se que a vida nada mais é
senão aquilo que a gente faz dela.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2021
segunda-feira, 4 de janeiro de 2021
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DE SACO CHEIO Desconfio de pessoas que dizem não se arrepender de nada, mesmo porque, se errar é humano, não reconh...