quarta-feira, 14 de abril de 2021




Só os livros nos ensinam tudo.

Sobretudo, se lidos.



 




O poeta burila seus versos

como que edita

o que o coração dita.


 



                          restos, rastros, rostos 




Porque no fim só restam as palavras.

Mais indecifráveis do que nunca.

O que foi dito e o que não foi dito.

No indizível bailado das formas disformes,

mil formas de sentir condensadas em parábolas

estanques.

Cumpre adivinhá-las antes do salto mortal.

Surdo, cego, vil, imundo : é o mundo.

Com pompa e circunstância (ou não ), 

indefere nossos pedidos,

ignora nossos anseios.

O sol nascente indiferente às preces e súplicas.

Em crepúsculos de água e sangue, 

zumbidos de moscas não diferem louvor e morte.

O encadear-se das coisas suprime a beleza.

No caminho divergente, ninguém sabe o que é ida

e o que é volta.

Os restos, os rastros, os rostos

deformados

girando

sonâmbulos

nos descampados do mundo.

No princípio, tudo é belo. E ainda é belo

enquanto perdura

a ridícula crença no amor.



segunda-feira, 12 de abril de 2021


   pense direito





Não nasci para grandes feitos. Não tenho os requisitos.

Me contento em não dar vexame.


A memória é nossa maior herança. Não se esqueça disso.


Não imagino a vida sem fantasia. Para compensar

a monogamia (hahahaha, pensou que eu ia dizer monotonia, né?).


Não há muito o que fazer depois de feito.

Portanto, pense direito.



 


A voz que me diz "pula !", não leva em conta 

meu medo de altura. 







Ando meio sem rumo, mas isso não significa que estou perdido. 





domingo, 11 de abril de 2021


Haicais domingueiros

 




 

Domingo, dia da preguiça. 

Toca encher linguiça. 


Domingo que é domingo

a gente passa rindo.


Domingo que é domingo não fica sem missa. 

Ou pissa.


Domingo é só alegria. 

Seja com churras ou frango de padaria.


Domingo é bom até quando chove.

Pra ficar no modo love...


Domingo é tudo de bom. Dormir até tarde,

o macarrão da mama, futebol, namorar.

Sem contas pra pagar...


 







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