in vino veritas
Cara de pau eu,
propus a meu ex-amor
sermos meramente amantes.
Ela riu
e, educadamente, me ofereceu sua amizade,
como prêmio de consolação.
Culpei o vinho, pelo desatino.
Não colou, mas tinha que tentar.
In vino veritas...
nua e crua
Quando despertos do sono da vida,
não só de nós, mas do existir humano e ungido,
o acordar para o que somos e não vemos,
premedita o tempo arguido pelos anos.
Ante o paradoxo de ser o ser enrustido
que agasalhamos,
premido pelos pecados e segredos
que os dias escamoteiam,
eis que o efêmero se infere,
como se a vida se fizesse alheia.
E quando, diante dos olhos,
o tempo conjurar os vaticínios,
esgotar-se a permissão para cometer desatinos,
alvíssaras ! Ei-la, enfim, a vida nua e crua,
prenhe de tudo que é solvente e ilusório.
o quanto sei de mim Faço do meu papel o sonho de um desditado. Cavalgo unicórnios a passos lentos, para que o go...