Assim são os segredos.
Repletos de medos.
Se vivo, ninguém me ouve.
Se morto, ninguém se importa.
Vão se ferrar !
Que importa
abrir ou não a porta
se não há ninguém
para entrar ?
as lembranças que vale a pena lembrar
Quem, nato em círculos sulcados de trilhas e ausências,
onde o amargor do perdido se dilui na impermanência,
as sutilezas da intemporalidade não estranha.
Do irredimível êxtase afasta o cálice.
A força invencível expulsa do Paraiso perpassa
a palavra amorfa,
para que a brevidade das coisas faça sentido.
A procura de consolo na mumificada e intransferível
bem-aventurança,
refluem dentro de nós os sentidos embotados
pelo tempo.
Querendo fechar o corpo para o desgosto das despedidas,
não como pedra, mas como a concha ou a noz
que guardam dentro de si
a essência da vida.
As lembranças que vale a pena lembrar.
o quanto sei de mim Faço do meu papel o lenho da minha cruz. Cavalgo unicórnios a passos lentos, para que o gozo...