o sêmen do mal
muros perfumados
antros suicidas
grotas que arrotam morte.
Não há hipótese de uma nova ordem.
É sempre o mesmo furor e sua beleza estonteante.
O Inferno parecendo o Paraíso, e o Paraíso parecendo
o Inferno.
Nunca se sabe qual é o melhor ou o pior.
Atrocidades não têm credo, raça, preferências.
Onde cresce o fungo da discórdia e da intolerância
jaz o mausoléu das crenças.
A ordem que rege a humanidade gira em torno de abismos.
Mutirões de eleatas removem montanhas que desatam nós,
com a fé de anjos que perderam as asas.
A civilização se rende à sua própria sorte.
Como um moribundo que não morre nem se cura.