terça-feira, 4 de dezembro de 2018



  


















feiticeira e trapaceira






                 
moça bonita, 
sorriso contagiante,
olhar de Capitu, 
dissimulado e oblíquo.
feiticeira e trapaceira.
foi muito bom te conhecer.
aprendi muito com você.
sobretudo, que em ninguém se pode confiar.
ainda mais moça bonita, 
de sorriso contagiante.
olhar de Capitu, 
dissimulado e oblíquo.
feiticeira e trapaceira...

como, aliás, eu  já deveria saber,
depois dos tombos que levei.
mas, como sempre, paguei para ver,
e me danei, para variar.
menos mal que já prevenido.
escolado, dessa vez sem acusar o golpe,
ciente de que era bom demais para ser verdade.
sabedor de que era certo outro engano.
ainda mais sendo moça bonita, 
de sorriso contagiante
olhar de Capitu, dissimulado e oblíquo
feiticeira e trapaceira...








segunda-feira, 3 de dezembro de 2018



  




  




















  




                            fim de festa





Com inexata precisão traço meu rumo,
redijo meus versos, abro meu caminho. 
Com irresoluta determinação, cumpro com 
minhas obrigações.
Encaro os moinhos de vento.
Travo minhas batalhas inglórias.
E reconsidero, reitero, rumino e regurgito as coisas 
impossíveis que procuro em vão.
No encalço de tudo que corrompe,
nada faz sentido.
Tudo se perde, se subverte.
Curar-me de ser quem sou 
é só o que me resta.
 




domingo, 2 de dezembro de 2018



               meu filho, minha vida


Não há prazer maior do que ver um filho feliz.
Mormente nessa idade em que a única preocupação é - ou deveria ser - brincar, brincar e brincar. 
Tive a felicidade de poder acompanhar e participar dessa fase maravilhosa de meus três filhos. Os dois mais velhos de meu primeiro casamento, hoje homens já feitos, e o menor, prestes a completar 12 anos, uma joia que é a razão de ser da minha vida.
Nada me dá mais prazer e alegria do que estar em sua companhia, acompanhar e participar de seu crescimento, mesmo já não convivendo com ele desde o início do ano.
O que, curiosamente, acabou estreitando nossos laços e nos unindo  mais que antes.Talvez porque agora temos um tempo que é só nosso, um tempo não só para interagir como para nos conhecermos melhor. E o melhor de tudo : com total reciprocidade por parte dele.
Algo que pude sentir vivamente ontem, quando da festa de encerramento do ano letivo de sua escola, em que me recebeu com um abraço e aquele sorriso gostoso, em meio a multidão que lá se encontrava. 
Foi lindo e emocionante vê-lo cantar no coral da escola, me fazendo relembrar o que aconteceu comigo com a mesma idade, e falando em dar continuidade, quem sabe até aprender a tocar algum instrumento. 
Se levar à sério como está levando o futebol, tem futuro...














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