terça-feira, 8 de outubro de 2019

A



















  



  







Afinal, é melhor ser amado (respeitado) ou temido (odiado) ?

O próprio Maquiavel responde :

"Responder-se-à que se desejaria ser uma e outra coisa (amado e temido), mas como é difícil reunir ao mesmo tempo as condições para tanto, é muito mais seguro ser temido do que amado. É que as pessoas geralmente são ingratas, volúveis, dissimuladas, covardes e ambiciosas, e, enquanto lhes fores útil, lhes fizerdes bem, todos estão contigo, oferecem-te sangue, bens, vida, filhos, desde que , como disse acima, tenhas condições de lhes manter os privilégios. Mas quando por algum motivo isso acaba, não tarda para que se voltem contra, e o Príncipe, se confiou e não tomou as devidas precauções, está arruinado. Pois as amizades (e vínculos afetivos, acrescento eu) conquistadas por interesses (ou conveniência, reforço), e não por grandeza e nobreza de caráter, não se pode contar com elas quando a sorte muda. E as pessoas hesitam menos em se voltar contra aos que amam do que aos que se fazem temer (...)





quarta-feira, 2 de outubro de 2019


                   viver ou vegetar





Quem lê os rabiscos que escrevo pode achar que sou um sujeito amargurado, desiludido, descrente de tudo na vida.
Das pessoas, das relações.
De certa forma, sim.
Descrente das pessoas, dos sentimentos, como qualquer 
ser humano que já tenha sido espezinhado pela vida.

Políticos, publicitários, pastores, gerentes de banco, 
vendedores, amores de ocasião, 
todos batedores de carteira, rindo da sua cara de otário.
Foda-se toda essa gente. 
Foda-se todo mundo.
Chega disso. 
Se tiver que continuar escravo desse circulo vicioso, 
que seja consciente. Sabendo do quê se trata.
Caia mas levante.
Tropece mas ande com as próprias pernas.
Sem precisar de fingidas afeições.
Deixe de se preocupar com coisas que não pode resolver.
Com gente ingrata, que só lembra de você quando precisa.
Pessoas com quem convive, e te voltam às costas.
Te descartam, como se fosse lixo.

Passei a vida me questionando, me cobrando para estar 
à altura das expectativas alheias
Sobretudo, de meus entes queridos.
Nunca consegui. Meus defeitos sempre estiveram
num patamar mais alto.
Até as rupturas. Inúmeras. Traumáticas, mas de alguma
forma, benignas, verdadeiros marcos em minha vida. 
Nada, é claro, comparável ao festival de horrores 
que vemos todos os dias nos noticiários.
Dramas de uma realidade imutável, diante dos quais
estes escritos não passam de meros resmungos.

Não os levem à sério, portanto. 
A não ser para entender, como eu hoje percebo claramente,
que em meio as dificuldades e desgraças, há compensações.
Há que descobri-las. Garimpar a pedra bruta.
Comer o pão que o diabo amassou. 
Aprender os truques por conta própria.
Não porque alguém ensinou. Não deixar simplesmente
na mão de Deus, e não fazer porra nenhuma para mudar.

Desaprenda de um monte de bobagens acumulados 
ao longo da vida, e trate de esquecer, esquecer, esquecer, 
esquecer o quê, quem nos o faz sofrer.

Ok, eu bem sei, é difícil, se não der para esquecer,
tudo bem, lembre, mas sem sofrer.
É burrice ficar se remoendo, sofrer por aquilo que ficou para trás.
Pense nisso, mas se também não quiser pensar,
não esquenta, foda-se você também, 
esqueça esse besteirol. 
Afinal, trata-se apenas de viver ou vegetar. 










  




  




















  
















terça-feira, 1 de outubro de 2019



      entre o que achamos 
      e o que é






Ninguém é legal.
Você não é legal.
Comece por aí, antes de julgar os outros.
Pode até achar que é, na maior sinceridade,
dentro de seus padrões pessoais.
Só que eles não batem necessariamente 
com o que os outros acham.
Dificilmente batem. 
Faça o que você fizer.
Aquilo que para você é justo, correto,
para os outros não é. 

A verdade é que nos enganamos muito facilmente
com tudo.
Com as amizades de ocasião, com o amor que muitas vezes 
nem amor é. 
Não passa de carência, medo de ficar só. 
Em meio "as loucas e insondáveis criaturas
humanas com almas de baratas", como diz Bukowski,  
às vezes calha de alguma ser um pouco menos escrota.
É o máximo que você vai encontrar.



                       

                             NO LUCRO







durante um bom tempo,
você foi
suficientemente forte
para conviver com um cara
problemático e carente pra cacete.

Fez o que foi possível, imagino
Gastou boa parte de sua preciosa
juventude, para dizer o mínimo

Assim, tentou até onde deu
até desapegar-se de quem não mudava.
Hoje me despreza.

Tudo bem, ainda estou no lucro.
Pois jamais poderei pagar
o que me deste
enquanto estivemos juntos.




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