quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019




intermitente, a chuva    
                     eloquente, o silêncio
                     único, o amor
                     unívoca, a dor
mágico, o fervor
                     trágica, a fé
                                    excruciante, a vida



segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019



                               
                                 
                 VINGANÇA


O maior desaforo que se pode fazer a um desafeto, é ser feliz.

A melhor forma de esquecer um ex-amor é não baixar a cabeça, não se sentir humilhado nem diminuído por ter sido descartado. Tudo tem sua data de validade.

Tenha em mente que se as coisas não são perfeitas, ao menos podem ser mais honestas e  transparentes.

E sobretudo, que é melhor ficar sozinho do que ser usado, viver uma farsa, não ser respeitado.

Por mais doída que seja uma separação, quando o respeito, o afeto e a cumplicidade acabam, qualquer coisa é melhor do que viver de aparências.




  




domingo, 10 de fevereiro de 2019


 





 
 









                     


              NO DIA DE SÃO NUNCA


Há que acreditar
Há que confiar
Há que ter fé
Há que perseverar
Mas como, meu Deus ?
Se nada acontece
Notícias boas não chegam
O dinheiro não entra
É só rasteira e bola nas costas
Puta que o pariu !
Não há cu que aguente
Só mesmo sendo crente
E olhe lá
Porque um dia a ficha cai
Ninguém é otário para sempre

Ó, Pai, se todo conhecimento nos aproxima
da ignorância
de que vale a vida que perdemos com a sabedoria ?
À espera do que nunca chega, sem pensar 
na colheita, apenas semear, semear, 
até que as boas obras enfim prevalecem. 
No dia de São Nunca ?







                    


                            desajustados




Ingrid é o nome dela.
O mesmo nome da minha irmãzinha querida
que Deus levou.
Veio quando eu mais precisava.
Foi e voltou várias vezes.
Sei muito bem o que ela quer de mim.
Sei muito bem o que quero dela.
Mas nunca é suficiente. Para ambos.
Ela sempre querendo mais e mais.
Eu sempre querendo mais e mais.
Muito louca, ela.
Muito doido, eu.
Formamos um belo par de desajustados.
Sem nenhum futuro, é claro.
Ela querendo mais do que eu posso dar.
Eu querendo mais do que ela pode dar.
E assim vamos, aos trancos e barrancos,
cada dia uma incógnita.
Ela com suas intermináveis contas para pagar.
Eu com minha brutal carência para lidar.
Dois casos perdidos, do amor desiludidos,
em busca de alívio.
Como o sopro do vento na relva seca.












 







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