quando eu ainda era eu
Quando eu ainda era eu
e vagava entre os ontens e as perdidas coisas,
precocemente farto de tudo,
pranteando auroras e poentes insidiosos,
me vendo como um suicida em potencial,
por não ter as respostas certas,
por não ter feito as apostas certas,
precisei levar uma bela sacudidela do destino
para saber quem eu era. Ou melhor, quem eu não era.
Alguém que entendeu tudo errado desde o começo.
Que teve tudo e não teve nada.
Até descobrir-se capaz de conviver
com as maiores infâmias.
Enfim habilitado a sobreviver no mundo real.