segunda-feira, 6 de setembro de 2021




Se for perdoar, que seja de coração.

Se for ponderar, que seja com a razão.

Se for para voltar, que seja para ficar.


  




Pena, nossas verdades 

forjaram diásporas irreversíveis.



 




Por que tanta pressa ?

Tantas preocupações ?

Contente-se com os prazeres

da solidão.

Em descobrir quais são.


 



Caem velhos lemas de vida

como caem os galhos apodrecidos 

de uma árvore. 

Há que podá-los. 




 

domingo, 5 de setembro de 2021



                                  prisioneiro 





 

Precisava reaprender o que nunca aprendi. 

Quisera ter nascido adulto com olhos de criança.

Caminhar entre solidões com o sol no coração.

Escrever versos feitos de sal e angras de ternura.

Revelar-me em cada canto de pássaro prisioneiro.

Ter asas e barbatanas para saciar a sede de liberdade.

Ser a semente que mata a fome de amor e beleza.

Precisava saber o que fazer com o enorme vazio de esperar.

Queria (re)encontrar alguém que fizesse

não me sentir tão só...





 

sábado, 4 de setembro de 2021




                 a bateia do tempo





Chega o tempo de superar

tudo o que se fez ausente.

De enxergar o mundo sem maiores

questionamentos.

Sem por quês, estranhamentos.

Simplesmente, tempo de depurar.

Se debruçar sobre todo momento.

Ainda que não fique senão cascalho

na bateia do tempo.



 




                      na parede da memória






O mundo dá voltas e eu,

folgo em dizer,

já não sinto desejo, nem revolta.


Da vida, tenho sido um

aprendiz relapso.

Mas, enfim, apto 

a seguir em frente,

virar a página.

E com a alma nua

como a lua, 

do antigo amor desamar.


Sem remorso, sem moratória.

Sem nada deixar ou levar.

Quando muito, um simples retrato 

na parede da memória.


 







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