sábado, 4 de setembro de 2021




                      na parede da memória






O mundo dá voltas e eu,

folgo em dizer,

já não sinto desejo, nem revolta.


Da vida, tenho sido um

aprendiz relapso.

Mas, enfim, apto 

a seguir em frente,

virar a página.

E com a alma nua

como a lua, 

do antigo amor desamar.


Sem remorso, sem moratória.

Sem nada deixar ou levar.

Quando muito, um simples retrato 

na parede da memória.


 







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