segunda-feira, 1 de maio de 2017



               imanência
                   



Nada é o que parece. 
Nada em que se possa confiar. 
Nada é duradouro. 
Nada que não possa mudar 
num piscar de olhos.

Nada é o que aparenta.
Relações, sentimentos, compromissos,
laços de amor e amizade.
Nada que qualquer deslize ou o próprio tempo,
não acabem por macular, ou destruir.

Ninguém é o que pensamos ser. 
Muito menos o que idealizamos.
Na vida, como nos relacionamentos, não há 
porto seguro, 
salvo- conduto, bilhete de loteria premiado.
Ninguém está livre de deslizes. Infortúnios. 
Os quais, quando não são os outros, você 
mesmo se inflige.
E que são os piores. 

Nada é como imaginamos.
A vida vivida sempre é diferente da sonhada.
Quando parece pouco, geralmente é muito.
Quando parece muito, geralmente é pouco.
Tudo o que se faz presente demora.
Fiel à imanência dos desastres.


















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