sexta-feira, 7 de julho de 2017



                              QUE GRAÇA TEM ?




O que seria da flor sem o labor da abelha 
e do beija-flor ?
Da rosa sem o frescor do orvalho ?
Da floresta sem a majestade da sequoia, 
do cedro, do carvalho ?

O que seria da alvorada sem o trinar da passarada ?
Do rio, sem a piracema, botos cor de rosa ?
Do mar, sem a lua e o vento, a reger o fluxo das marés ? 
Do céu, sem o pano de fundo azul anil ?
Da natureza, sem a flora e a fauna exuberantes ? 
E do homem, o que seria, sem tudo isso 
para usufruir e... destruir. 

De que vale a mão que não afaga ?
Do abraço que não aconchega ?
Do amor que não se doa ?
Dos laços afetivos que não unem ?  

Que graça tem a vida sem pirraças e trapalhadas ?
Sem chegadas e partidas ?
Perdas e recomeços ?

Qual a graça do domingo sem futebol, 
da praia sem sol, sol sem arrebol ?
De criança sem brinquedo,
na adolescência sem paixonites agudas e cagadas
homéricas, que graça há ?


Que graça teria Londres sem fog, a realeza 
e o Big Ben ?
Paris sem a torre Heifel, o Louvre, os canais do Sena ?
O Rio sem o Corcovado, o Cristo Redentor, o Maracanã ?
O Egito sem as pirâmides ?
O Kilimanjaro sem neve, o Saara sem areia ?
O mundo sem coros de pássaros, buquês de nuvens,
bordéis e igrejas ?

Que graça tem a vida sem emoções ?
O amor sem tesão ?
O mundo sem vilões ?
Eu sem você...






  























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