morto-vivo
Quem me salvará de mim mesmo ?
Quem me estenderá a mão quando eu estiver
no chão ?
Quem me acudirá quando a hora morta chegar,
no interstício da jornada.
Em que só reste o bagaço,
a sombra melancólica do que fui dia ?
Quem olhará por mim quando já ninguém
Quem me acudirá quando a hora morta chegar,
no interstício da jornada.
Em que só reste o bagaço,
a sombra melancólica do que fui dia ?
Quem olhará por mim quando já ninguém
me enxergar ?
Invisível no mundo dos vivos.
Sem nada para dar, sem nada para compartilhar.
A não ser o fardo inútil de lembranças,
que já nada representam, nada acrescentam.
Não havendo recompensa para a virtude,
nem castigo injusto para o pecado,
Invisível no mundo dos vivos.
Sem nada para dar, sem nada para compartilhar.
A não ser o fardo inútil de lembranças,
que já nada representam, nada acrescentam.
Não havendo recompensa para a virtude,
nem castigo injusto para o pecado,
só o que almejo é não ser um morto-vivo
em meio a fatuidade trágica da vida.
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