quarta-feira, 31 de janeiro de 2018





                         semeando ventos




Ventos lumpaciosos irrompem intermitentes
Sopram zéfiros, alísios, lufadas sincopadas
Repentinamente encorpadas
Em monções torrenciais, tempestades tropicais
É imperioso se precaver
Me acuda anjo Castiel
Dos infortúnios que se sucedem, banzeiros
Desgraça pouca é bobagem  
Ajayô, meu pai, meu santo protetor !
Desenrascanço que me desenrasca 
Com a possança dos espíritos fluídos
Sabajos, mandingas, sortilégios passem ao largo
De abacués recalcitrantes, assomos maléficos me livrem
Vade retro, satanás ! 
Trago o corpo fechado, o punho cerrado  
Invólucro hermético e indevassável
Homizio da alma imbricado na infinita
Complexidade das coisas
Saravá Oxalá, Ogum, babalorixás 
Santo Expedito das causas impossíveis
Protejam-me dos perigos do mundo 
De semear ventos e colher tempestades.   



  





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