sexta-feira, 22 de junho de 2018

 

      depois da tempestade


Nem triste, nem alegre.
Nem satisfeito, nem desesperado.
Não sei bem o que sinto.
Inquieto, aguardo que as coisas se acomodem.
Que as águas turbulentas voltem a seu curso.
Que o sol renasça e eu tenha olhos para ver.
Que os dias passem e eu possa vivê-los
Com simplicidade.
Como simples é minha vida
E tudo o mais que almejo.

Não sei o que me espera.
Não sei o que esperar
Agora que meu barco zarpou
Deixando uma vida inteira para trás.
Nada levo na bagagem, a não ser
O peso dos meus atos
E a certeza de que bem ou mal
Fiz o que deveria ter feito.
Há muito tempo.


 * Texto escrito em agosto de 2000, logo após o término do meu primeiro casamento.











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