quarta-feira, 30 de janeiro de 2019
lúcida quietude
Às vezes me sinto como se já não existisse,
como se já tivesse feito
o que poderia ter feito.
E em já não podendo desfazer os malfeitos,
vivendo apenas para gastar o tempo.
Sinto como se a vontade e os pensamentos
já não importassem.
Sem mais me importar com coisas
que não posso mudar.
Sem nada a aspirar a não ser me juntar
aos que debaixo da terra repousam.
Ainda haverá um tempo para mim ?
Ainda haverá chance de me redimir ?
Só resta esperar.
Só o tempo dirá.
Livrar-me do passado para me libertar,
eis o caminho.
Nem queda, nem ascensão.
Nem pausa, nem fruição.
Passado e presente se enlaçam,
para fazer o futuro.
Na lúcida quietude de quem mais nada espera.
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