segunda-feira, 1 de abril de 2019



                                    wonderful world ? 





Passamos a vida preocupados com a imagem,
com o que pensam de nós.
Em sermos politicamente corretos.
Em defender aquilo que nos parece justo.
Os direitos humanos,
os animais,
a natureza, 
essas coisas.
Tudo de forma a passarmos por pessoas de bem,
íntegras,
cidadãos honestos, cumpridores de seus deveres.
Em tese, tudo e todos, uma maravilha,
tal qual o "What a Wandelful World", imortalizado
na soberba canção do Louis Armstrong.
Ou o "Imagine", do não menos icônico John Lennon.

Na prática, porém, é o oposto.
Um mundo convulsionado, beligerante, 
as pessoas se trucidando.
Pessoas horrorosas no poder. 
Pessoas horrorosas querendo se passar pelo que não são 
na cara da gente.
Hipocrisia imperando. Desigualdade social cada vez maior.
Uma minoria vivendo nababescamente, a grande
maioria vegetando, confinada a guetos, 
campos de concentração, 
periferias em que impera a criminalidade.
Povos submetidos ao sofrimento imposto por ditadores sanguinários,
ao roubo sistêmico e sistemático promovido por governantes e 
agentes públicos que infestam as esferas do poder.

Ora, sejamos realistas.
Wonderful world, em termos. Há que ter ciência de que 
a vida é boa, até deixar de ser.
As pessoas são boas, até deixarem de ser.
Que o mundo é uma beleza, até deixar de ser.
Tudo é de um jeito, até deixar de ser. 
Até se transformar em outra
coisa qualquer, que desconhecemos.
Tudo é óbvio, tudo é claro,
o amor é lindo, até deixar de ser.
Tudo, um dia, deixa de ser do jeito que conhecemos,
ao quê estamos acostumados.
Porque a vida é assim, tudo muda a qualquer hora,
sem aviso prévio.
O que é bom e belo hoje, amanhã deixa de ser.
Fazer o quê ?
Carpe diem, meus queridos, pura e simplesmente.
É tudo o que nos cabe fazer.









   







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