quinta-feira, 2 de maio de 2019


               


o mundo não tem segredo 
para os ignorantes 



                



Onde se tornam erráticos os símbolos
que afetam tempo e espaço,
nascem os mitos.
Personagens migram para outros contextos,
outras paisagens.
Rompem o sistema,
as expectativas normais.
Um significado único para o que tem 
vários significados, eis a sabedoria. 
No emaranhado de símbolos em que vivemos, 
novas figuras de retórica
articulam semioses naturais.
Capazes de "ver" o mal chegar.
O flagelo, por sinédoque. Por metonímia. 
Delírios da razão. 

Assim agem os personagens que conhecemos.
O paralinguístico, o supra-segmentar, o tonêmico, 
Inflexões que nos distraem e mentem.
Na publicidade que ludibria. 
No uso e abuso de artifícios, 
Representações pictóricas, encenações.
Do qual não escapam nem as Sagradas Escrituras,
Irremediavelmente mutiladas após tantas
Transcrições e traduções,
Como aponta Santo Agostinho, 
Em sua Doctrina Christiana.

Não obstante, o grande mundo pequeno se tornou.
Mais rico, mais desigual, com as mesmas dúvidas.
Nunca tão pobre em personagens, referências. 
As mentes privilegiadas preocupadas apenas em enriquecer.
Montanhas de dinheiro que jamais serão
capazes de gastar,
enquanto milhões passam fome, perdem tudo,
na Síria, no Sudão, na Venezuela. 
Sob o jugo de cruéis ditadores.
Nas periferias dos grandes centros urbanos, 
o horror da violência em suas várias facetas.
Arremessam uma pedra em alguém suspeito
e a multidão investe, bestificada.
Rompe-se o frágil sistema de expectativas normais
e ninguém vê mais nada. 
Foi assim com o Nazismo, 
com o chavismo, o lulo-petismo.
E assim sempre será.
O mundo não tem segredos para os ignorantes. 





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