terça-feira, 4 de junho de 2019



             eterno, porém desabitado







Ah, a renúncia à toda procura,
o princípio e o fim precipitado 
em magoado alvoroço.

Penei mas ao malogrado amor sobrevivi.
Conquanto tudo o que não passa, 
não morre.
Continua eterno.
Eterno e proscrito.
Eterno e maldito.
Eterno, na memória pétrea que resiste aos tempos.
No mundo desintegrado que habito.
Nas garras inefáveis do destino, 
nas defuntas crenças.
No amor desabitado e fluído,
todas as verdades que já não importam.  














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