terça-feira, 22 de outubro de 2019
quem reinventará o amor ?
Há um tempo em que o tempo
parece não passar.
E há um tempo em que o tempo
parece voar.
Um tempo em que
tudo parece possível.
E outro,
na bacia das almas,
em que nada mais é crível.
Habitam dentro de nós
sonhos sempre adiados.
Pouca coisa resiste
ao ingresso à vida
que não foi vivida,
a renúncia de toda procura.
Pois eterno é o sentimento que nos
une e separa.
A tudo que não passa,
posto que não houve.
Quando me perdi já estava perdido,
o que era para eu ter sido.
Antes mesmo de haver nascido,
envelheceu antes de romper o novo.
Em tudo que se perde sem ter ganho.
No amadurecer longínquo,
voltando pelos caminhos em busca de mim,
procuro quem não vejo,
o que não existe mais.
Em sonatina exaltação,
o despertar num mundo programado
em softwares, backups.
Quem comporá uma nova nona sinfonia,
antológicos boleros,
Yesterday, Hey Jude ?
Quem reinventará o amor ?
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