sábado, 7 de dezembro de 2019
é tudo passageiro, irmão
Quem já não se viu sufocando
entre quatro paredes,
se afogando em rios que correm para trás.
Morto em corações de pedra.
Implacáveis, incapazes de perdoar,
não se olham no espelho para não ver
onde também erraram.
Quem já não se viu deslocado no tempo
e no espaço,
a vidraça da vida estilhaçada,
enchendo a cara ou enfiado num quarto escuro,
pensando na melhor forma de suicídio.
E no entanto,
é tudo passageiro, irmão.
A ilusória felicidade,
a desgraça irremediável.
O coração partido chora
até não haver mais lágrimas.
E de uma forma ou de outra,
uma nova vida começa.
Às vezes,
melhor que a de antes.
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