entre o Paraíso e o Purgatório
No fim e ao cabo, tudo se esgota no desalento
que semeia pedras,
Eis-nos, assim, tentando escapar da existência
germina troncos rugosos.
Ora, a vida pode ser tudo, menos postiça.
Passamos a maior parte do tempo tentando discernir
Ora, a vida pode ser tudo, menos postiça.
Passamos a maior parte do tempo tentando discernir
até onde vai a realidade e onde começam os embutes.
Ruminando dúvidas hamletianas, o vil repasto
transpondo as coisas boas de péssimo gosto.
A vida resumida ao hersatz das verdades pré-estabelecidas.
A vida resumida ao hersatz das verdades pré-estabelecidas.
Eis-nos, assim, tentando escapar da existência
sem nexo,
às voltas com metáforas obsessivas,
ora triunfantes e salvadoras,
ora de desilusão e desengano.
Sob o crivo de um hardware terrestre infernal,
a ode triunfal da felicidade longe de ledíssimo final,
entre o Paraíso e o Purgatório de Dante pairando,
não parece nenhum pouco atrativa.
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