SUSPEITA
O mais triste não é a separação em si.
O fim de uma longa e tempestiva relação.
Acontece.
Doloroso mesmo é não vê-la mais
com os mesmos olhos.
É ver o que não via, anestesiado
pelo narcótico do amor.
É saber que provavelmente superestimei
o que tínhamos. Que provavelmente
nunca a conheci.
Ver que é capaz de jogar tão baixo,
apelar para os mais vis ardis.
E tudo para quê ?
Justificar o fim daquilo que talvez
nunca tenha existido ?
Ou que findou, sem percebermos ?
Mas que de qualquer forma,
em nome dos bons momentos,
que foram muitos,
não merecia acabar de maneira
tão deprimente.
Daí a suspeita de ter vivido uma grande farsa.
As coisas perdidas confundem
o desenganado coração.
É saber que provavelmente superestimei
o que tínhamos. Que provavelmente
nunca a conheci.
Ver que é capaz de jogar tão baixo,
apelar para os mais vis ardis.
E tudo para quê ?
Justificar o fim daquilo que talvez
nunca tenha existido ?
Ou que findou, sem percebermos ?
Mas que de qualquer forma,
em nome dos bons momentos,
que foram muitos,
não merecia acabar de maneira
tão deprimente.
Daí a suspeita de ter vivido uma grande farsa.
As coisas perdidas confundem
o desenganado coração.
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