terça-feira, 11 de fevereiro de 2020
santa (e burra) ingenuidade
Você que se julga tão esperta,
na verdade
nunca me enganou.
Eu sempre soube
que você não é confiável.
Que mente, trapaceia.
Também sei que
não é má pessoa (ou é, nem sei mais).
A vida difícil te fez assim, malandra.
Daí ter insistido, daí a tolerância
com que até hoje te tratei.
Mas tudo tem um limite.
Achava que com o tempo
poderias mudar,
quebrar as amarras, as próprias regras,
a medida que se apegasse a mim.
Santa (e burra) ingenuidade !
Isso não aconteceu, e nem vai acontecer.
Se não me amou até agora, sabendo quem eu sou,
diante de tudo que já fiz, never again.
Mais uma aposta errada,
outro jogo perdido.
Mas não dramatizo, não questiono,
sequer me arrependo.
Sei onde me meti.
Abandonei a razão para viver a
mais precária mentira.
Gastei a vida como quem gasta o que não têm.
A conta chegou.
Sempre chega.
Os males que a mim própria causei
cumpre agora espiar.
Falhas graves e inventadas, tanto faz,
tenho as costas largas.
Tuas trapaças tiro de letra.
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