misericórdia
A vida é quase sempre
um pouco de tudo.
Bela, triste, curta, trágica,
banal, o que quisermos.
O que deixarmos.
O final é quase sempre igual.
Tornar o epílogo mais leve, ou breve,
é talvez, nossa tarefa maior.
Exige forças que já não temos.
Com a solidão arrancando pedaços.
Tudo em volta desabando.
Exige forças que já não temos.
Com a solidão arrancando pedaços.
Tudo em volta desabando.
Nem resquícios da vida plena e louca.
A caminho do fim patético,
o estoicismo de quem já perdeu a alma
e depende da misericórdia
de um Deus imaginário
é só o que resta.
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