terça-feira, 9 de junho de 2020



                         
                                                    misericórdia






A vida é quase sempre 
um pouco de tudo. 
Bela, triste, curta, trágica, 
banal, o que quisermos.  
O que deixarmos.
O final é quase sempre igual.

Tornar o epílogo  mais leve, ou breve,
é talvez, nossa tarefa maior.
Exige forças que já não temos.
Com a solidão arrancando pedaços.
Tudo em volta desabando.
Nem resquícios da vida plena e louca.
A caminho do fim patético,
o estoicismo de quem já perdeu a alma
e depende da misericórdia
de um Deus imaginário 
é só o que resta.









Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

                      o que é bom, é bom A vida leva tudo de roldão Nada se detém, nada se retém O que vale é viver o momento Não importa o...