domingo, 7 de junho de 2020



                          mais justiça do que perdão





Eu tenho atenuantes de sobra.
Não exatamente desculpas e justificativas,
mas motivações de foro íntimo
que não constam no inventário de meus
desatinos. À dano do que tenho
de mais caro : a memória.

Coisas ignoradas, desvalorizadas,
que fiz e não me arrependo,
posto que de coração.
Esse coração maltratado e injuriado,
mas que teima em manter-se fiel
aos princípios que sempre me guiaram.
Tolo, louco, em ternura embala meus pecados.
Mais carece de justiça do que de perdão.
















 
 

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