quarta-feira, 3 de junho de 2020


       todas as histórias de amor se parecem







Todas as histórias de amor se parecem.
É quase sempre o mesmo enredo,
com o previsível desfecho. 
Alguém sempre abandona o barco.
Se não de corpo, de alma.
Pois em algum momento, algo se quebra,
grave, profundo, ou banal, 
o tempo faz isso com a gente.
Fode com tudo. 
Amei pra caralho, posso não ter demonstrado,
como devia, mas é 
a mais pura verdade.
Assim como fui amado também,
talvez até mais do que merecia,
e não soube reconhecer. Retribuir.
Tudo muito simples, elementar.

Há casos muito piores, como a gente está
cansado de ver. 
Mas sempre com o mesmo manjado desfecho.
O amor é flor delicada,
às vezes do nada perece, sem  motivo, explicação.
E isso acaba com a gente. Porque a gente quer
uma explicação. Um motivo plausível. 
Para amargar a culpa, 
se matar se for o caso.
Porque o amor que acaba por nada, por mixaria,
caramba ! Nem amor era. 
E o que pode ser pior do que se envolver,
passar anos a fio,
uma vida, 
acreditando em algo que não existia ?





















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