quarta-feira, 22 de julho de 2020




                                                                gratidão




                       


Essa solidão no fim da vida,
é justa, merecida.
Justa, porque assim não sou
um fardo para ninguém.
Merecida, ora, porque colho 
o que plantei.

Não foi o que planejei,
não era o que queria,
mas há momentos em que as coisas
fogem do controle.
Por culpa nossa ou obra
do destino,
de repente tudo desanda,
ou simplesmente caducam.
Faz parte, há que aceitar, buscar algum bálsamo 
na penosa lassidão de quem sabe
que o fim está próximo. 
Que cada dia sem dor e sofrimento
é uma vitória.
Cada dádiva, um presente. 
Minha fé é fraca, mas a gratidão é grande. 
Por ter tão pouco a pedir, e tanto a agradecer.
































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