sexta-feira, 21 de agosto de 2020


                              nosso lar é o inferno


 


Mentes empedernidas, mentes obtusas, 

mentes malignas.

De que barro é feito essa gente

que tanto mente, finge ser o que não é ?


A minha ideia do mundo há muito 

caiu por terra.

Caíram as crenças, as esperanças, 

restaram os equívocos.

A desconfiança de tudo e de todos.

Súbito, tudo faz sentido.

Até o que não faz sentido.

Há, simplesmente, que aceitar. 


Dispersos, à desídia nos entregamos

em meio a vaporosa ideia de nós mesmo.

Assim passa a vida, o ouro do sol  

exige que sejamos vis.

Tudo vale a pena pelo preço certo. 

O que nos pesa, o vento carrega.


Ah, sentir-se nascido para cada momento.

Ter ideias e sentimentos sem os ter.

Mentir para si mesmo sem culpa, porque a culpa nunca 

é justa.

Filhos de um mundo enfermo, em que tudo 

se quebra e emudece,

nosso lar é o inferno. 








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