o que a pandemia nos ensina
Meu filho mais novo me pergunta se acho que as pessoas vão
mudar em função das lições da pandemia. Sinto dizer, mas duvido.
A humanidade já passou por momentos bem mais críticos, como as duas guerras mundiais, o holocausto, as bombas de Nagasaki e Hiroshima, a própria gripe espanhola, que matou quase 50 milhões no começo do século 20, e nem por isso diminuíram os conflitos, a xenofobia, o ódio, com o agravante da mentalidade fútil
e hedonista ensejada pela era digital que impera hoje em dia.
É claro que não se pode generalizar, e como praticamente o mundo todo está sendo afetado pela doença, algumas lições estão sendo digeridas na marra. A começar pelos governos, quase todos pegos
totalmente despreparados para enfrentar um vírus com tal potencial de contágio, dos quais o mínimo que se espera é um apoio maior a área da saúde.
Quanto as pessoas, ameaçadas por um patógeno cuja letalidade ainda está longe de controlada, além das perdas em termos materiais e principalmente de vidas, não há como ignorar o recado da Criação embutido em algo que botou virtualmente o mundo de cabeça para baixo.
Que é preciso cuidar mais da Natureza, valorizar mais as relações humanas, resgatar as pequenas prazeres repentinamente suprimidos
por decreto.
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