voar não dói
Ontem, hoje, amanhã,
o que foi, o que tive, o que sou,
o que me sobrou...
Tempo e espaço que se combinam
no que vai, no que vem.
Bençãos e desgraças irmanados.
Incautos aqueles que amam
sem esperar o soco, o troco, o tiro.
Como se fosse possível amar sem brigar,
sem se estranhar,
sem se decepcionar.
Como se a gente pudesse combinar
de nunca se machucar.
Arre, não é assim que funciona.
Voar com as asas feridas dói.
Mas é preciso.
Porque é voando que a ferida cura.
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