domingo, 29 de novembro de 2020



                                       

                  O MAIOR PRESENTE






Tudo de bom e de gratificante na vida

passa pela possibilidade de fazer o que se gosta,

o que nos dá prazer.

O que as apreciáveis posses materiais e o dinheiro

nem sempre conseguem.

Como, por exemplo, a sensação de paz, de liberdade.

Não precisar dar (nem pedir) satisfações de seus atos.

Poder falar, pensar, fazer o que lhe der na veneta,

sem receio de contrariar, de ser mal-interpretado. 

Tendo apenas

a própria consciência como juiz.

Poder ligar o foda-se, 

e ir dormir leve como uma pluma.

Pode haver coisa melhor ?


Coisas simples, aparentemente fáceis de obter,

mas cujos obstáculos se agigantam 

na proporção

das responsabilidades e compromissos

que estamos sempre à assumir. Voluntariamente ou não.

Afinal, ninguém vive sozinho.

Há regras, obrigações, imposições

das quais não se consegue fugir nem ignorar.

Que tendem a aumentar a medida que 

formamos família, progredimos, 

eventualmente galgamos a fama,

o sucesso e o dinheiro jorram.

Cujo preço, no mais das vezes, é o fim do sossego,

da paz,

da liberdade.

Dos pequenos prazeres que são o maior

presente da vida.




 


   

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