O MAIOR PRESENTE
Tudo de bom e de gratificante na vida
passa pela possibilidade de fazer o que se gosta,
o que nos dá prazer.
O que as apreciáveis posses materiais e o dinheiro
nem sempre conseguem.
Como, por exemplo, a sensação de paz, de liberdade.
Não precisar dar (nem pedir) satisfações de seus atos.
Poder falar, pensar, fazer o que lhe der na veneta,
sem receio de contrariar, de ser mal-interpretado.
Tendo apenas
a própria consciência como juiz.
Poder ligar o foda-se,
e ir dormir leve como uma pluma.
Pode haver coisa melhor ?
Coisas simples, aparentemente fáceis de obter,
mas cujos obstáculos se agigantam
na proporção
das responsabilidades e compromissos
que estamos sempre à assumir. Voluntariamente ou não.
Afinal, ninguém vive sozinho.
Há regras, obrigações, imposições
das quais não se consegue fugir nem ignorar.
Que tendem a aumentar a medida que
formamos família, progredimos,
eventualmente galgamos a fama,
o sucesso e o dinheiro jorram.
Cujo preço, no mais das vezes, é o fim do sossego,
da paz,
da liberdade.
Dos pequenos prazeres que são o maior
presente da vida.
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