quarta-feira, 9 de dezembro de 2020


                         famintos de amor





Da mulher espera-se submissão

e lealdade.

Algo que ela só finge dar.

Arte que domina com maestria.

A ponto de fazer o homem sentir-se

senhor da situação,

iludido pelas artimanhas do invólucro 

perfeito.


Mulher que, com a linguagem fértil do corpo,

torna crível as juras mais improváveis.

Inebriante os beijos.

Irresistível a paixão.

Volúpia que tão logo extinta, revela os ardis

mais diabólicos.

Aos quais o homem, incautamente, se submete.

Como mendigo faminto de amor que é.




    

                  

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