belo e desesperado
O amor.
Chega e passa como um temporal
que tudo arrasta.
Belo e desesperado, fiel a sua
nômade natureza.
O coração pequeno se inflama em sua pungente pressa.
Os torvelinhos da vida entorpecem
e nos arremessam aos charcos mais infectos.
Não, o amor não vale a pena.
Esse amor que suga e mata a sede
com vinagre.
Que abre crateras na alma desavisada e se nutre
do que temos de melhor,
Até denegrir tudo aquilo que um dia foi.
E nada mais reste
senão
o clangor da carne insatisfeita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário