quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

 


                   a quem interessar possa



Poucos de nós somos capazes de reconhecer

os próprios erros. Assumir culpas e responsabilidades

por atos que não só prejudicam

mas inviabilizam as relações arduamente costuradas

ao longo dessa grande colcha de retalhos

que é a vida.

Poucos são os que conseguem olhar para além

do próprio umbigo, deixar o egoísmo

e as mesquinharias de lado, e sobretudo,

colocar-se no lugar dos outros, para melhor

entendê-las, ampará-las, partilhar de suas dores e

problemas.

Em suma, pouquíssimos de nós correspondem ao

elevado conceito que fazemos

de nós mesmos. Conceitos estes naturalmente

moldados por ideais e premissas deformadas 

pelo próprio meio ambiente em que estamos

inseridos. Ou seja, pelo que nos é incutido

em casa e na rua.

Nesse contexto distópico, o conflito entre o que

temos, o que somos, e poderíamos ter sido,

permanece como uma abstração 

que nos sonega a percepção de que a felicidade

está nas coisas mais simples.

De que estar de bem consigo próprio e com a vida,

é a maior das conquistas.


 (agosto/2016)

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