piloto automático
A vida transcorre em contínuo desalinho.
As coisas acontecem de repente.
A única certeza é que nada é permanente.
E que cada um faz o seu caminho.
A vida é imprevisível, mas nem tanto.
Tolice culpar o destino quando
se assume riscos, situações perigosas.
Deus pouco interfere, deixou as coisas
meio que no piloto automático.
Qualquer dia é dia para ser feliz. Ou de tudo perder.
A vida passa sem dar satisfações.
Ensina a amar a doçura e o amargor.
Decorremos as horas impiedosas sob o estigma
dos erros. Sabendo que retornar é impossível.
Mas que, no entanto, tudo é reabsorvível.
A brisa dos amores esquecidos.
Os prazeres renovados.
Até tudo definhar de tristeza,
ante o imutável suicídio das coisas.
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