quinta-feira, 20 de maio de 2021



             brincando de não morrer




Na noite não muito iluminada

Uma poesia bem suburbana

Falaria da luz de pirilampos

A evocar os frágeis liames da infância.


Mas na solidão atemporal

Sutis caminhos de íntimos gozos

Enfim se despem da dependência.

Como uma flor que muda para o fruto.


São tempos sombrios. 

Lave-se da alma a mitologia dos desejos. 

Cumpra-se os dias como se fossem os últimos.

Sufocando a revolta.

Brincando de não morrer.

Ainda que a desdita, à solta,

"tão resoluta venha e carregada,

que põe nos corações um grande medo." ( adap. Camões) 




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