brincando de não morrer
Na noite não muito iluminada
Uma poesia bem suburbana
Falaria da luz de pirilampos
A evocar os frágeis liames da infância.
Mas na solidão atemporal
Sutis caminhos de íntimos gozos
Enfim se despem da dependência.
Como uma flor que muda para o fruto.
São tempos sombrios.
Lave-se da alma a mitologia dos desejos.
Cumpra-se os dias como se fossem os últimos.
Sufocando a revolta.
Brincando de não morrer.
Ainda que a desdita, à solta,
"tão resoluta venha e carregada,
que põe nos corações um grande medo." ( adap. Camões)
Nenhum comentário:
Postar um comentário