enganando o coração
Já joguei muita bola, empinei pipa,
brinquei de pião,
jogo de botão.
Hoje, brinco de enganar o coração.
Já tive tudo na vida,
hoje nem pai nem mãe tenho mais.
Minha cama é de pregos.
Meus dias, de um prisioneiro. Todos os corredores
me conduzem ao patíbulo de meus erros.
Não há mais possibilidade de fuga.
Sequer há para onde fugir.
Sem a mocidade que nos impele para o abismo,
tenho a mente crivada de dúvidas e incertezas.
Ainda bem.
Nada mais enganoso que as certezas.
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