no apagar das luzes
Assim como este virtual apagar das luzes,
meus versos também encontram seu termo,
como ondas que arrebentam nos molhes.
Nada mais tenho a dizer.
Nada devo a ninguém, nem me sinto credor.
Logo a vida que se esvai não será mais
que memória.
Vago canto de pássaros que não vemos.
Vejo passar meus últimos dias como quem
não tem mais nada a perder. Muito menos ganhar.
O que fiz de bom ou de ruim me segue como um
cão fiel.
Quando a hora chegar, hei de estar arrumado
como para ir a uma festa.
O melhor de viver é esperar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário