o tribunal do tempo
Nada afeta mais um homem do que a desonra.
Não há maneira mais eficaz de destruir alguém
do que desonrá-lo.
Não há humilhação maior do que ser traído
morando debaixo do mesmo teto.
Há traições e traições.
Há traições eventuais, circunstanciais, às vezes
até justificáveis
E há traições frias, calculistas, cruéis.
Quando mantidas em segredo para fins escusos,
para tirar proveito material, manipular os filhos.
Não há dor maior para um homem do que constatar
que foi enganado, usado, feito de bobo,
por aquela em quem tanto confiava,
companheira de tanto anos.
E no entanto, capaz de algo tão sórdido.
Sem ligar para as consequências.
Sem se dar conta dos danos irreparáveis.
Sem atinar para o fato de que mais cedo ou mais tarde
a verdade sempre aparece.
E que o tribunal do tempo é implacável.
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