sábado, 12 de março de 2022



                             sumidoro



Todas as coisas parecem requisitar de nós conhecimento 

e forças que não temos. 

Mas que somos obrigados a ter.

Não se evita o destino ao desejar outro destino.

Da velhice tranquila ao fim trágico, nada pode ser revogado.

Queremos mas nada se retém além de seu tempo 

pré-estabelecido.

Apenas e tão somente, o lento aprendizado.

Nas dores, sobretudo, nas dores.

Atormentados pelo puramente indizível,

as formas figuradas da felicidade atávica se esgotam

no abandono e no luto.

A morte estupidamente prematura é como uma correnteza

que nos arrasta 

para o sumidoro do mundo.










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