terça-feira, 14 de junho de 2022



                                                            duas caras





Tudo é tão estupidamente insano que revoga toda 

e qualquer possibilidade de ser humano.

Desentendimentos afloram sob qualquer pretexto, ignorância 

e má fé campeiam. 

Ajudar o próximo, fazer o bem, poucos dão valor.

Só vale pela satisfação pessoal. 

Nossos dias são marcados por conflitos, afrontas. 

Tudo que se faz de bom desaparece no pântano das incompreensões. 

O processo é desgastante e contínuo. 

Vai de uma relação à outra.

A norma é a decepção, o fracasso. 

As pessoas são intrinsicamente 

perversas, maldosas. 

O que torna o enredo suportável é um, cada vez 

mais raro, altruísmo. Ainda que desencorajado, esmagado

pela egoísmo reinante.


Todos temos duas faces, duas caras : uma pública, outra privada.

Nada mais difícil do que conciliá-las.

Ninguém é o que parece. 

Quem já não se enganou redondamente com pessoas 

que na superfície são uma coisa, e no íntimo

se revelam outra, totalmente diferentes ?

De um jeito ou de outro, o desencanto é inevitável.

A medida que você conhece as pessoas, uma barreira, 

um muro, um abismo vai se formando.

Há que ter a manha de construir pontes. 

Acender uma vela para Deus e outra para o diabo.







  






   

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