duas caras
Tudo é tão estupidamente insano que revoga toda
e qualquer possibilidade de ser humano.
Desentendimentos afloram sob qualquer pretexto, ignorância
e má fé campeiam.
Ajudar o próximo, fazer o bem, poucos dão valor.
Só vale pela satisfação pessoal.
Nossos dias são marcados por conflitos, afrontas.
Tudo que se faz de bom desaparece no pântano das incompreensões.
O processo é desgastante e contínuo.
Vai de uma relação à outra.
A norma é a decepção, o fracasso.
As pessoas são intrinsicamente
perversas, maldosas.
O que torna o enredo suportável é um, cada vez
mais raro, altruísmo. Ainda que desencorajado, esmagado
pela egoísmo reinante.
Todos temos duas faces, duas caras : uma pública, outra privada.
Nada mais difícil do que conciliá-las.
Ninguém é o que parece.
Quem já não se enganou redondamente com pessoas
que na superfície são uma coisa, e no íntimo
se revelam outra, totalmente diferentes ?
De um jeito ou de outro, o desencanto é inevitável.
A medida que você conhece as pessoas, uma barreira,
um muro, um abismo vai se formando.
Há que ter a manha de construir pontes.
Acender uma vela para Deus e outra para o diabo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário