cadáver ambulante
Perto de nós alguém tomba.
Ao largo, o crocitar de um corvo dá as boas vindas.
Especula-se que tenha se suicidado.
Motivos não lhe faltavam.
Abandonado pela mulher, cheio de dívidas, distante dos filhos,
no fundo não passava de um cadáver ambulante.
Como tantos que andam por aí.
Carregando as dores do mundo.
Logo será esquecido, como se não tivesse existido.
Para viver para sempre. Como pó.
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