domingo, 19 de junho de 2022




                    ELEGIA





Nada me resta senão a mim mesmo.

Trago veredas e fragmentos de solidão no olhar.

As respostas que procurava abriram fendas no nada

das causas naturais.

De concreto, apenas o olfato

                                     o tato

                   e o fato de ainda poder celebrar

a angustiante alegria de viver.

Pois mesmo quando a vida fere,

a força 

dos sentimentos ausentes

pavimentam os caminhos que meus pés

ainda não andaram.




 

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